"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013, ano histórico de luta pela paz.



Compatriotas:


Já termina o 2013, um ano que passa à história como o ano da luta pela paz com justiça social: foi um ano de grande significado para a história de nossa pátria, as aspirações populares de uma paz justa e digna aconteceram em ruas e rodovias, às oligarquias não lhes foi suficiente a repressão violenta e midiática, as organizações e movimentos sociais e populares soubemos sobrepor-nos aos obstáculos e manter em alto a bandeira das mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais que nossa pátria exige para conquistar a paz estável e duradoura.


A Colômbia profunda está dando tudo para o reconhecimento, a reconciliação e a construção de nossa pátria com justiça social, soberania e democracia.


O povo trabalhador se mobilizou e entrou em greves pelo direito ao trabalho digno, ao salário e ao reconhecimento de suas reivindicações consagradas nas listas de petições dirigidas aos patrões e empresas. Desde princípios do ano os trabalhadores dos setores mineiro, energético, transporte, financeiro, saúde, agroindustrial, hotelaria e turismo, educação e informal se encontraram na luta contra o capital, contra as injustas e inumanas condições de exploração trabalhista, em procura de condições de vida digna, buscando soberania nacional e respeito a seus direitos como trabalhadores.


Durante boa parte do ano, o campesinato saiu com força, desde o Catatumbo, Boyacá, Nariño, La Orinoquia e todas as regiões, desde montanhas e vales, a exigir o justo: o direito à terra e ao território, pelo reconhecimento e respaldo da economia campesina. Nos livros da história de nossa pátria já está escrita a paralisação do Catatumbo Resiste e a Paralisação Nacional Agrária e Popular de Agosto.


O movimento indígena e afrocolombiano saiu para o trabalho voluntário e o convite, luta pelos territórios, contra a economia de despojo, em defesa da água e da natureza.


Também as mulheres travaram batalhas por seus direitos, como o direito pleno a ser e construir-se como sujeitas de mudança e transformação pela paz e a reconciliação nacional: recordará a história da gigante mobilização de mulheres do 22 de Novembro.


Desde os bairros vem crescendo a organização cívico-comunal para lutar pela prestação adequada de serviços públicos com tarifas justas, contra os despropósitos da usura das empresas privadas que negociam e enriquecem com esses serviços, pelo direito à moradia digna, aos espaços públicos e à mobilidade.


Os jovens nos bairros e municípios, nos centros culturais, nas opções contra a guerra e a objeção de consciência, se fizeram presentes nas lutas, pelo direito à juventude, pela liberdade de consciência e de pensamento. O estudantado manteve o ímpeto que nos demonstrou em 2011, segue se organizando e mobilizando nos colégios, centros de formação técnica e universidades, debatendo e construindo um modelo de educação para a paz a serviço das maiorias. A diversidade sexual e de gênero nos mostrou a Colômbia que há que construir, diversa e inclusiva, com plenos direitos econômicos, políticos e sociais para todos, sem distinção alguma.


O ano de 2013 também passa à história pelo papel que jogaram os meios alternativos e populares de comunicação, que, desde a atuação local, com o compromisso de dar voz às comunidades, à agenda social dos setores populares, conseguiram trazer à luz as realidades que os meios massivos de informação ocultam e estigmatizam.


Recordamos a memória dos caídos na luta, cada um deles se converteu em faróis éticos que iluminam o compromisso e coragem que nos mantêm na Marcha, na luta, na labuta por construir a Colômbia Nova.


Foi um ano onde a criminalização e judicialização de dirigentes populares não cessaram: relembramos a cada um dos prisioneiros políticos, aos lutadores que perderam sua liberdade e se converteram em falsos positivos judiciais do estabelecimento, lutamos por sua liberdade, em especial recordamos a nosso dirigente e companheiro da Junta Patriótica Nacional Huber Ballesteros, dirigente campesino e sindical, perseguido por seu incansável compromisso com as causas populares da paz com justiça social. Ser prisioneiros destes maus governos reflete a justeza da luta que trava o povo da Colômbia.


A cada um dos colombianos, a seus lares, organizações e comunidades vai nosso abraço de natal e de ano novo, que nestes dias de reencontro e balanço recuperemos forças: se vêm novas batalhas pela justiça social e a paz, nós, o povo, as gentes humildes, sairemos vitoriosos.


Muito obrigado à Colômbia profunda, a homens e mulheres que, desde sua cotidianidade e compromisso, na educação popular, na organização e na mobilização fizeram de 2013 um ano histórico na luta pela paz com justiça social, nobre objetivo para o qual devemos avançar com mais ímpeto em 2014. A esperança está no povo!

Junta Patriótica Nacional 
Movimento Político e Social Marcha Patriótica. 
27 de dezembro de 2013