"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 14 de dezembro de 2013

Política antidrogas da América Latina gera problemas maiores



A América Latina está no epicentro do debate de novas políticas sobre drogas. Segundo novo relatório resultante da parceria entre o Norwegian Peacebuild Resource Centre (Noref) e o Instituto Igarapé, intitulado Latin America awakes: a review of the new drug police debate a guerra às drogas gera problemas ainda maiores do que os próprios narcóticos.

O relatório conclui que a guerra às drogas falhou: o fornecimento e a demanda de substância ilícitas não diminuíram e países da América Latina se tornaram rotas do tráfico, contribuindo para que a região se tornasse a mais violenta do planeta. Por esses motivos, entidades da sociedade civil têm defendido opções como:

1. Tratar o uso de drogas como assunto de saúde pública;
2. Deslocar o foco da repressão ao usuário para o combate ao crime organizado;
3. Reduzir o consumo através de informação, educação e prevenção;
4. Experimentar novas abordagens de regulação de drogas ilegais;

Na América Latina, uma série de países procuram uma nova abordagem com relação às drogas ilícitas. No Brasil a situação é dramática: um quarto da população carcerária – a quarta maior do mundo, depois das dos Estados Unidos, Rússia e China – se compõe de pessoas que foram presas por crimes relacionados a drogas.

Esta percepção leva governos e a sociedade civil a repensar políticas de repressão e adotar abordagens de redução de danos, assim exercendo influência global sobre o tema.

Enquanto o Brasil ainda adota políticas tímidas e pouco claras – embora haja forte mobilização da sociedade civil para que em breve ocorra uma reforma – o Uruguai tem colocado em prática mudanças mais profundas e progressistas. Em junho de 2013 o governo apresentou a proposta de legalizar a maconha, assim como produzi-la e distribuí-la. A arrecadação das vendas será destinada ao tratamento de dependentes. A proposta deve ser aprovada pelo Senado ainda este ano.

O relatório afirma ainda que as mudanças em curso na América Latina poderão influenciar a abordagem das políticas sobre drogas dos Estados Unidos, que aos poucos já têm abandonado a guerra às drogas e abordado o assunto em termos de saúde pública. E lembra que em 2016 acontecerá a Sessão Especial sobre a questão das drogas na Assembleia Geral da ONU, oportunidade para que sejam discutidas as experiências de países que tenham adotado políticas mais progressistas e humanas. O que poderá alçar a América Latina em um novo patamar de influência global neste debate.

Sobre o Instituto Igarapé

O Instituto Igarapé é um think-tank dedicado à integração das agendas da segurança e do desenvolvimento. Seu objetivo é propor soluções alternativas a desafios sociais complexos, através de pesquisas, formação de políticas públicas e articulação.

Da redação do Vermelho,
Com informações do Istituto Igarapé