"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

As FARC estão dispostas a criar um comando guerrilheiro de normalização




As FARC-EP expressaram a intenção de criar, com urgência, um Comando Guerrilheiro de Normalização, respondendo a decisão do governo que criou o Comando Estratégico para a Transição, que será encabeçado pelo general Javier Flórez.


O anúncio foi feito pelo comandante Pablo Catatumbo, no papel de porta-voz da insurgência, ao chegar ao Palácio das Convenções de Havana. Esta declaração se soma à do dia anterior, na qual desmentiram o governo, que estaria dando a impressão de uma guerrilha à beira da desmobilização e da entrega das armas.


Se o Comando de Transição tem o propósito de empreender o estudo da ‘desmobilização e entrega das armas da guerrilha’, o Comando Guerrilheiro de Normalização deverá ‘estudar o regresso da força militar ao seu papel constitucional e o desmonte dos batalhões de contrainsurgência por consequência de tal normalização”, assinalou o porta-voz insurgente.


As FARC entenderam esta medida oficial como “geradora de um princípio de subordinação da guerrilha à força pública a partir de agora, o que é impensável para a insurgência”.


O mencionado comando, segundo a guerrilha, deve estar dirigido ao estudo e à implementação de mecanismos de normalização das forças armadas para seu pronto regresso ao destino constitucional, que é o da defesa da dignidade nacional e das fronteiras”.


Enquanto o governo se propõe abordar o tema do cessar fogo e a entrega das armas, sem considerar inicialmente outros números do terceiro ponto da agenda, a guerrilha disse que a abordagem deste ponto deve ser um “processo integral e simultâneo, como assinala o Acordo Geral de Havana”.


Também se propuseram criar “a Comissão Investigadora do fenômeno paramilitar, o que de nenhuma maneira deve ser confundido com a Comissão da Verdade”. Sobre isso, Pablo Catatumbo disse que “se deve esclarecer como se formou e integrou, como funcionou, onde se estabeleceu, com qual dinheiro, quem galgou e estimulou e porque continua vivo”. Acrescentou que a comissão deveria estar integrada por personalidades nacionais e estrangeiras, segundo disse a guerrilha.


A reação das FARC se desprende das recentes declarações do Presidente da República, no sentido que recai sobre as Forças Armadas a missão de organizar a “desmobilização” e “entrega de armas da insurgência”. Ao mesmo tempo, coloca de presente que “a reforma das forças pública é um tema inegociável”.


Assim está o ritmo das conversações de paz em um novo ciclo, no qual as FARC tem questionado o governo por decisões unilaterais que não interpretariam o conteúdo do Acordo Geral de Havana e que poderiam estar viciando o ambiente das conversações de paz.


Escritório de imprensa da delegação de paz das FARC-EP