"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

FARC: Santos busca converter a Colômbia em Israel da América Latina


As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC] afirmam que o fato de terem aceitado dialogar com o Governo de Bogotá não significa que tenham se rendido.


E explicam que aceitaram sentar-se na Mesa de negociações porque o presidente Juan Manuel Santos, diferentemente de seu antecessor Álvaro Uribe, reconheceu as causas do conflito e não tachou a guerrilha de “uma ameaça terrorista”.


Há que reconhecer em Santos que, ao contrário de Uribe, aceitou que em Colômbia existia um conflito armado e não uma ameaça terrorista”, assinalou nesta segunda-feira a guerrilha em seu sítio na Internet, em vésperas de iniciar-se em Havana [capital cubana] o ciclo 29 das conversações de paz.


Santos, destaca a nota, também assumiu que “esse conflito tinha umas velhas causas que havia que solucionar. Ter reconhecido isso já era algo muito importante para nós e para o povo colombiano. Outra coisa que ele acredita que as soluções podem ser resolvidas com panos de água morna”.


No entanto, as FARC tacham o Governo de Santos de “oligárquico, reacionário, neoliberal e militarista”, completamente a serviço dos interesses imperialistas dos Estados Unidos e que tende a converter a Colômbia num país que cumpra na América Latina o mesmo papel do regime israelense no Oriente Médio.


Ademais, advertem que Santos cometeu o grave erro de crer que a guerrilha está vencida, desmoralizada e a ponto de render-se, pelo que lhes propôs dialogar, “com a secreta ilusão de que nós aceitaríamos, em seguida, para render-nos ante ele e salvar nossas vidas”.
Ao contrário, prosseguem as FARC, nunca estivemos tão distantes de uma rendição como agora, e aceitamos participar na negociação por iniciativa própria a fim de “encontrar uma solução distinta, de caráter civilizado e pacífico, aos graves problemas políticos, econômicos e sociais que o povo colombiano padece”.


As FARC e os delegados do Governo de Bogotá realizam conversações de paz desde novembro de 2012 com o objetivo de pôr fim ao conflito que, em cinco décadas, deixou uns 6,5 milhões de vítimas.


As partes alcançaram acordos em três dos seis pontos da agenda pactuada: terras e desenvolvimento rural, participação em política e drogas e cultivos ilícitos; ficam por resolver os pontos mais sensíveis: a reparação das vítimas [tema que discutem agora], o desarmamento da guerrilha e o mecanismo para ratificar um eventual acordo de paz.