Farc e governo retomam diálogo e organizações pedem paz na Colômbia
Marcha Patriótica, Congresso dos Povos, Movimento Progressista, Central Unitária de Trabalhadores, Partido Comunista, Vítimas de Crimes do Estado (Movice) e Cúpula Agrária são algumas das organizações que convidaram à manifestação que acontece na capital Bogotá.
Tais grupos reúnem esforços com o propósito de apoiar as negociações entre representantes governamentais e das Farc, que têm Havana como sede permanente. Também defendem o cessar bilateral entre as partes beligerantes e a abertura de um processo de diálogo com o Exército de Libertação Nacional (ELN), a fim de garantir um cenário de distensão e reconciliação.
A manifestação será antecedida por um fórum, destinado a projetar ações comuns em torno da construção da paz na Colômbia, de acordo com os organizadores..
Paralelamente, 50 emissoras de rádio do país realizarão uma transmissão simultânea para refletir sobre os desafios da sociedade a fim de respaldar os ciclos de encontros na capital cubana, iniciados em 2012.
O conflito
Em mais de meio século, o conflito armado deixou mais de seis milhões de vítimas, até o momento, e cerca de 230 mil mortos. Em 2012. o governo de Juan Manuel Santos e as Farc iniciaram, em Cuba, um diálogo de paz, mas sem decretar um cessar-fogo na Colômbia.
Esta é a quarta tentativa de alcançar a paz com as Farc, a principal guerrilha do país e a mais antiga da América Latina, criada em 1964. O atual processo com as Farc já alcançou consensos parciais em três dos seis temas na agenda: reforma agrária, participação política da guerrilha e solução ao problema das drogas ilícitas.
Solução do impasse
Os encontros entre ambas equipes se restabeleceram depois de um impasse, devido à captura do general Rubén Darío Alzate pelas Farc, no mês passado.O presidente da Colômbia suspendeu o processo durante o 32º ciclo de negociações por conta deste episódio.
Depois da libertação do alto militar e seus dois acompanhantes, o Executivo e o movimento insurgente decidiram prosseguir com a mesa de diálogo, que atualmente pondera o tema dos direitos das vítimas.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina