Professores reforçam paralisação na Colômbia
Mais de
330 mil professores/as públicos iniciaram hoje (10) a Paralisação
Nacional do Magistério, na Colômbia, para exigir o cumprimento de
acordos firmados pelo governo com a Federação Colombiana de
Trabalhadores da Educação (FECODE), melhorias no serviço médico e
outras demandas. As mobilizações acontecem em diferentes pontos de
Bogotá e demais cidades, e seguem até quinta-feira (12).
A classe
reclama da má qualidade dos serviços de saúde, do pagamento
atrasado das demissões e de um déficit financeiro. Eles afirmam que
as dívidas contraídas pelo governo com o Fundo Nacional do
Magistério são "imensas”, ultrapassando os 88 bilhões de
pesos colombianos. Além disso, protestam contra a política de
privatização das universidades públicas, ato que afeta também os
estudantes. Milhares de trabalhadores administrativos de instituições
e estudantes também aderiram à causa.
"A
solução da crise na prestação dos serviços de saúde, a
preservação do regime excepcionado da Lei 100 de 1993, o pagamento
das dívidas, muitas das quais remontam ao ano de 2003, o
descumprimento dos acordos sobre a prima de serviços, a melhoria das
condições salariais dos docentes de 1278 que obtêm título de
mestrado ou doutorado, são as petições mais relevantes da Fecode,
ainda não resolvidas pelo governo de Santos”, expressaram.
Integrantes
da Mesa Ampla Nacional de Estudantes (MANE) ressaltaram que estão
cumprindo seu compromisso de "construir uma proposta de educação
superior democrática e popular”, como forma de enfrentar a
profunda crise da educação superior pela qual atravessa o país.
Em
comunicado à opinião pública, a MANE, a Fecode e a Associação
Distrital de Educadores (ADE) afirmaram que o país merece uma
‘educação digna, com soberania, democracia e paz’. "Os
estudantes e maestros da Colômbia vamos às ruas para defender a
educação. Neste marco convocamos a sociedade colombiana a que não
deixe apagar a educação”.
Como
parte das atividades desta paralisação, no final da tarde de amanhã
(11) haverá a Marcha de Antorchas, que sairá da Praça La
Santamaría até a Praça de Bolívar. Já na quinta-feira (12),
incentivados pelo lema "Educação científica e democrática é
nossa tarefa”, os docentes realizarão a Grande tomada de Bogotá a
partir das 9h (hora local), que reunirá em várias ruas e avenidas
da cidade, delegações de deferentes partes do país.
Também
estão confirmados atos em Magdalena, Bolívar, San Andrés,
Risaralda, Boyacá, Sucre Cesar, Norte de Santander, Cundinamarca,
Valle Del Cauca, Córdoba, Atlántico, La Guajira e Santander.
Para
saber mais sobre a greve, clique aqui.
Mais
informações em: http://www.fecode.edu.co/