Reunião de Mujica e Santos para falar sobre o Processo de Paz
O
presidente do Uruguai, José Mujica (foto), se reunirá com seus homólogos
da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Guatemala, Otto Pérez Molina,
para conhecer a marcha das negociações pela paz entre o Governo
colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC].
O
encontro se realizará no marco da viagem a Nova Iorque [Estados
Unidos] para participar na próxima semana no período de sessões
número 68 da Assembleia Geral da ONU.
A
informação foi fornecida pelo segundo secretário da Presidência
do Uruguai, Diego Cánepa, quem manifestou que a reunião se efetuará
pelo interesse de ambos os presidentes de que o chefe de Estado
uruguaio conheça o avanço das negociações.
A
respeito da presença do presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina,
Cánepa não deu detalhes, porém disse que é provável que ambos os
governantes conversem sobre o plano do Governo de Mujica de despenar
a produção, distribuição e venda da maconha.
Informou
também que o presidente uruguaio manterá um encontro privado com o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ademais das duas reuniões
bilaterais.
A
viagem está prevista para o dia 22 de setembro para os Estados
Unidos, onde pronunciará um discurso na Assembleia Geral no dia 25 à
tarde.
O
presidente uruguaio mostrou interesse, em várias oportunidades, pelo
tema da Colômbia e do conflito armado, o qual considera “deve ser
uma preocupação de toda a América Latina”. O mandatário pediu
ao papa Francisco, durante uma visita ao Vaticano, “que a Igreja
colabore na busca da paz na Colômbia”.
As
FARC e os negociadores do Governo da Colômbia debatem
na mesa de Diálogos de Paz
o
segundo ponto da agenda, que compreende a participação política
desta organização insurgente no país. Isto, após ter-se chegado a
um acordo parcial em fins de maio sobre o tema agrário.
O
processo
de conversações
iniciou-se
em fins de 2012, no que, tanto o Governo da Colômbia como as FARC
buscam conquistar avanços no tema da participação política, das
drogas ilícitas, do abandono das armas e da reparação às vítimas.
O
conflito armado na nação sul-americana deixou quase 4 milhões de
deslocados e 600 mil mortos em aproximadamente 50 anos, em cujo
processo também participaram grupos de insurgentes, paramilitares de
direita e organizações relacionadas com o narcotráfico.