Paramilitares colombianos participaram do assassinato de deputado bolivariano
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informa
que o grupo paramilitar colombiano, dirigido por Padilla Leive,
também conhecido como "El Colombia”, planejou o assassinato
(ocorrido no dia 1º deste mês) do deputado bolivariano Robert
Serra, do qual participaram oito pessoas. Seis executaram o crime e
dois permaneceram em dois carros fora da casa de Serra.
Padilla Leive esteve planejando o assassinato durante
três meses, tempo em que realizou uma perseguição detalhada para
registrar a rotina de Serra, e "estamos por enquadrá-lo do
ponto de vista legal, mas sabemos por onde se desloca e por onde se
deslocou”, afirma Maduro.
Durante uma entrevista coletiva realizada no Palácio
de Miraflores, o chefe de Estado assinalou que Padilla Leive foi
contratado, "e foi ele quem dirigiu todas as operações,
planejou o crime e executou a matança. Tinha todos os detalhes do
que fazia Robert, para onde ia, como se deslocava”.
Maduro apresentou um vídeo, captado por um sistema
de câmeras nas redondezas da casa de Serra, no qual se visualiza a
entrada de seis sujeitos na casa e outros dois que permaneceram em
carros particulares à espera.
Ele precisou que o chefe de escoltas de Serra, Torres
Camacho, conhecido como "El Poli”, foi comprado para ajudar a
cometer o crime e preparou o assassinato "diretamente com ‘El
Colombia’”. Além disso, participaram Carlos Fariñes Palomino,
Carlos García, José Padilla, Dani Salinas Quevedo e Antonio Vegas.
"Foi um crime cometido em seis minutos. Entraram
matando. Submeteram (primeiro) María Herrera, companheira de luta de
Robert, no andar de baixo, porque a encontram no corredor, colocaram
uma fita adesiva para submetê-la e, imediatamente, a mataram.
Subiram, submeteram Robert na parte de cima, da mesma forma, e
procederam sua execução de maneira direta”, explicou o
presidente.
Dos seis autores materiais que entraram na casa de
Serra para cometer o crime, dois estão detidos "convictos e
confessos de que participaram do planejamento e morte: o resto está
sendo procurado”.
"Já sabemos a verdadeira identidade de todos. O
melhor seria que se se entregassem às autoridades e se submetam à
justiça”, exortou o mandatário, apresentando outro vídeo no qual
Torres Camacho relata como foi planejado o assassinato.
Maduro indicou que o crime duplo não é uma ação
isolada, pois faz parte da investida contra o governo bolivariano
iniciada no último dia 12 de fevereiro com a onda de manifestações
violentas organizadas pela extrema direita, que produziu 43 mortes
entre civis e agentes de segurança, danos a instituições do
Estado, espaços públicos e restrição ao livre trânsito.
Igualmente, ele anunciou a criação de um sistema de
proteção que se encarregará de elevar a segurança contra as
forças paramilitares. Este contará com mecanismos para que as
organizações sociais e os cidadãos contribuam para a luta contra o
paramilitarismo e a violência política.
(Com informações de AVN)