"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 12 de março de 2015

Presidente da Colômbia suspende bombardeios contra FARC, mas intensifica ataques ao ELN



O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou na noite de terça-feira (10/03) que as Forças Militares vão suspender os bombardeios contra os acampamentos das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por um mês. Em contrapartida, também afirmou que vai intensificar operações militares contra outra guerrilha em atividade no país, o ELN (Exército de Libertação Nacional).

Em pronunciamento em rede nacional, Santos disse que há um reconhecimento por parte do governo de que as FARC “vêm cumprindo" o cessar-fogo unilateral desde 20 de dezembro. No entanto, advertiu que não renunciará aos bombardeios se houver uma "ameaça iminente" por parte dos guerrilheiros.

"A polícia seguirá cumprindo com sua obrigação de proteger todos os colombianos e não vai descuidar nem um só centímetro de nosso território", ressaltou, lembrando que as decisões são fruto das rodadas de negociações de paz que o governo segue com as FARC desde 2012 em Havana.

No fim de semana, o governo colombiano e as FARC chegaram a um acordo para limpar de explosivos terrestres o território do conflito na Colômbia e retirar as minas da região."A proposta de retirada de minas é um primeiro passo, mas um passo gigante rumo à paz, isto é uma prova de que estamos trabalhando na direção correta", afirmou o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle. A operação será coordenada pela Noruega.

Por outro lado, Santos criticou o ELN e alega que a guerrilha teve aumento significativo de suas atividades armadas no país. "Quero deixar claro que a suspensão de bombardeios a acampamentos das Farc em nada afeta as operações contra o ELN", argumentou.

"Esta organização, ao invés de entrar em sintonia com a redução do conflito e a busca da paz, continuou, e até aumentou, suas atividades delitivas. Por essa razão, vamos intensificar nossas operações militares e da polícia", prosseguiu o chefe de Estado colombiano.

Segunda maior guerrilha do país, o ELN expandiu seus ataques nos últimos meses, com sequestros de civis e emboscadas contra o Exército, principalmente na fronteira com a Venezuela. Há um tempo, o governo tenta iniciar um processo de diálogo semelhante ao que acontece com as FARC na ilha cubana, mas até agora ambas as partes não chegaram a nenhum acordo.