FARC aspiram à criação da Comissão de Esclarecimento da Verdade em próximo ciclo
LA
HABANA, CUBA, 7 DE MAIO DE 2015
O
chefe da Delegação de Paz das FARC-EP, Iván Márquez, encerrou o
ciclo 36 de conversações dando leitura a um documento no qual
resumiu os principais temas propostos pelas FARC-EP nos últimos
dias.
A
Constituinte.
O chefe insurgente insistiu na necessidade de uma Assembleia Nacional
Constituinte como ponto de partida para iniciar uma nova era de
transformações sociais.
O
tema de vítimas.
As FARC urgiram, uma vez mais, ao Governo a avançar no tema de
vítimas, já que a insurgência expôs suas propostas a esse
respeito.
A
discussão sobre cessar bilateral de fogos e deixação de armas.
A insurgência deixou em claro que a ideia é não usá-las para
fazer política, o que implica que a sociedade também terá que
desmilitarizar-se
Descontaminação
de artefatos explosivos.
Neste ciclo continuou o estudo e a preparação da agenda frente a
este tema, o que foi qualificado como positivo pela insurgência.
Comissão
paramilitarismo.
A guerrilha voltou a insistir sobre a necessidade de integrar uma
comissão que esclareça o fenômeno do paramilitarismo, o qual está
estipulado no Acordo Geral de Havana.
Comissão
Histórica do Conflito e suas Vítimas.
Iván Márquez enfatizou que se deve estudar e avaliar os informes da
Comissão Histórica do Conflito e suas Vítimas, já que são
fundamentais para chegar ao entendimento da temática da Agenda.
Comissão
de Esclarecimento da Verdade.
As FARC-EP afirmaram que chegou a hora de criar uma Comissão de
Esclarecimento da Verdade, fundamental para recolher o sentir das
vítimas do conflito:
“Sem
verdade, ficarão vítimas por fora do alcance da história; e a
reparação seria seletiva, incompleta. Paz sem verdade é
impossível. Pós-conflito calmo, tranquilo, sem verdade, é
impossível”
Para
tal fim, concluiu o porta-voz insurgente, é importante abrir os
arquivos, já que não se pode conhecer a verdade se se continuam
escondendo.