FARC-EP respondem ao Procurador Ordóñez
“Fumigações com glifosato não cabem
dentro de nova política antidrogas”
Por intermédio
do Comandante Joaquín Gómez, as FARC-EP relembraram ao Procurador Ordóñez que a
política antidrogas promovida pelo Estado fracassou, que os principais
beneficiários dos cultivos de coca não são os campesinos que a cultivam mas sim
os bancos nacionais e estrangeiros que ficam com algo mais de 80% dos lucros do
negócio. Assinalou, ademais, que nas últimas décadas todas as campanhas
presidenciais foram financiadas com dinheiros do narcotráfico.
“Se
efetivamente houve uma solicitação de suspender o uso do glifosato por parte do
governo no que concerne à luta contra as drogas de uso ilícito, as FARC
saudamos esta determinação, assim não tenha surgido como produto das
conversações de Havana, pois está claro que em relação com tal assunto
especificamente, há uma divergência central com os delegados do Presidente
Santos”, manifestou o comandante Gómez.
Denunciou
que estas fumigações têm feito um dano terrível ao ecossistema e prejudicado
gravemente aos campesinos, e assinalou que a nova política antidrogas deve
basear-se nos direitos humanos; ademais, a erradicação deve ser combinada e acompanhada
de projetos de desenvolvimento.
“Pensamos
que, se de verdade quer contribuir para A Paz da Colômbia, o qual se nos
apresenta como bastante duvidoso, deveria propender para que o acordo parcial
de Havana nesta matéria tome imediata aplicação no território nacional,
contando com que as FARC-EP têm a absoluta disposição para contribuir na
aplicação do mesmo”, foi a última mensagem que o comandante Joaquín Gómez enviou ao Procurador Ordóñez.
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Equipe
ANNCOL - Brasil