"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Tchau Pinzón!


Boa notícia a saída de Pinzón do Ministério de Defesa. Foram vários meses reivindicando sua demissão. Era um francoatirador da ultra direita fascista contra o processo de paz. Agora, sim, podemos dizer que a paz vai por muito bom caminho. Que bom descanso.


Em minha terra –o Quindío- há um sábio ditado popular que me vem à memória. O mesmo diz que “com tal de que se vá, ainda que lhe vá bem”. Cai como um anel ao dedo para o evento que propicia estes comentários a saída do senhor Pinzón do Ministério de Defesa.


Tchau Pinzón, oxalá termine bem longe, para que não continue estorvando o processo de paz, tal como o fez ao longo dos Diálogos de Havana nos últimos 30 meses.


Seu discurso e sua gestão à frente dos assuntos militares é muito mais um caso de travestismo político deliberado. Entendê-lo implica recorrer à caixa de ferramentas lacaniana. Por sua boca se expressava a alma ultrarrecionária e uribista do próprio Santos. Essa figura ambígua é própria da personalidade oportunista dos políticos burgueses acostumados à cilada e à traição. Ademais de ser um mitomaníaco consumado. Um que come até seus próprios embustes.


Nada em Pinzón era de sua própria colheita, seu chefe tudo induzia na Casa de Nariño. O objetivo era confundir a tropa com o discurso paramilitar do cavaleiro de San Antonio de Pereira. Porém este, mais astuto, conservou e mantém seus enclaves no aparato militar governamental.


Era um jogo como a trinta bandos. Porém se necessitou do de Buenos Aires/Cauca para que Santos entendesse que as coisas da paz ou da guerra há que levá-las com seriedade.


É o valor dos denominados “acontecimentos verdade” tão bem elaborados pelo filósofo maoísta francês Alain Badiou.


Depois do mesmo, nos salões presidenciais entenderam que urgia deixar os jogos e as artimanhas.


Posteriormente, se encontram as chefias das guerrilhas revolucionárias em Havana para aprofundar a estratégia da paz democrática e com justiça social; não vai mais o veneno gringo contra a coca [oxalá descartem a praga do Fracking que em Ecopetrol e na Agência Naciional de Hidrocarbonetos promovem] e agora excluem do quadro político imediato o tagarela que intoxicava com sua contaminada verborragia o difícil processo de paz.


Oxalá entendam que os meios de comunicação da oligarquia perturbam a paz e seus progressos, com suas mentiras e montagens midiáticas. Democratizar a imprensa, a televisão e a rádio é um imperativo.


Oxalá também entendam que depurar os aparatos militares de tantos indivíduos fascistas e paramilitar é inexorável.


Oxalá entendam que mais corrupção da casta politiqueira e mais neoliberalismo como o do Plano de Desenvolvimento dinamitam gravemente as possibilidades de uma Colômbia em paz no curto prazo.


Com a saída de Pinzón, se vê a paz mais certa. São os atos que uma opinião pública e uma sociedade cansada da violência dos poderosos reclamam.


Encerro assinalando que talvez a saída de Pinzón se possa explicar como outra cortina de fumaça das que costuma o senhor Santos. Neste caso se trata de desviar a atenção a respeito da terrível tragédia dos mineiros de Riosucio e da calamidade de Salgar/Antioquia. Todos estes mortos não são mais que a consequência da corruptela da marmelada santista e do neoliberalismo do plano de Desenvolvimento.
Nota 1. Os índios Sikuani, quase 30 mil, de Puerto Gaitan/Meta, estão protagonizando um levantamento social contra Pacific Rubiales nos campos Rubiales e Quifa. São vítimas da violência paramilitar patrocinada por essa corporação dos hidrocarbonetos em associação com o senhor Bolaños, um cacique santo-uribista que saqueia as Prefeituras de Gaitan e Acacias. É o novo mandachuva da região. Apoiamos a rebelião indígena.
Nota 2. Morreu em Armenia Jairo Cardona, líde do magistério e um revolucionário íntegro. Paz em sua tumba e solidariedade com sua família e camaradas.

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Equipe ANNCOL - Brasil