Vladimir Acosta: É possível que tenha havido um acordo entre Betancourt e Uribe
Por YVKE Mundial
O historiador da UCV aponta essa possibilidade devido a que Betancourt deu apoio completo ao presidente colombiano, incluindo sua polêmica reeleição obtida com o suborno de congressistas. Também justificou suas operações militares.
Para Vladimir Acosta, analista internacional e historiador da Universidade Central da Venezuela, é bastante provável que tenha havido uma conversação secreta entre Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, é Ingrid Betancourt, a recém libertada ex-candidata presidencial neogranadina, devido às declarações que deu logo depois de ser libertada, nas quais apoiou o governo e a polêmica reeleição de Álvaro Uribe Vélez.
“Sua declaração me põe a duvidar, pois acredito que Betancourt manteve uma cenversação prévia e secreta com o presidente Álvaro Uribe, que lhe permitiu apresentar seu ponto de vista absolutamente a favor do governo colombiano”.
“Ela está reconhecendo a reeleição de Uribe como algo positivo, reeleição que se baseia em algo absolutamente ilegal e ilegítimo como é o suborno: comprar um voto. Está dizendo que a política de Uribe tem sido positiva, salvo pequenos detalhes. Está justificando as operações militares. É dizer, chama a atenção uma declaração como esta, que não é uma declaração de amplitude, tolerância e visão política menos militarista que se esperaria dela”.
Previamente, no programa Dando y Dando, da Venezolana de Televisión, Acosta expressou que esta libertação não teria acontecido sem a participação do presidente Hugo Chávez e da senadora colombiana, Piedad Córdoba, com o Plano de Intercâmbio Humanitário.
“As FARC estavam em perfecto funcionamento, era uma guerrilha estável, ninguém poderia imaginar que este grupo pudesse experimentar uma crise como a que está vivendo, mas há que se levar em conta que teve seu ponto de partida com o Intercâmbio Humanitário”, assinalou Acosta.
De igual forma, argumentou que o presidente Hugo Chávez assumiu o compromisso de liberar os retidos “confrontando diversos entraves do governo Uribe”.