FARC asseguram que está próximo o fim do conflito armado na Colômbia
O
porta-voz da insurgência, Iván Márquez, afirmou que “não
podemos assegurar em quanto tempo se alcançará o acordo para dar
fim ao conflito armado. No entanto, “temos a certeza de que está
próximo o fim do conflito na Colômbia”.
O
chefe da delegação das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia-Exército do Povo [FARC-EP], Iván Márquez, afirmou nesta
segunda-feira que “o fim do conflito armado está próximo”,
ainda que não tenha oferecido detalhes sobre isso.
“Entendemos,
e o país o entende muito bem, que as guerras não são eternas, e
temos de alguma maneira a certeza de que a Colômbia está próxima
do fim do conflito”, declarou Márquez a um meio de comunicação
colombiano.
Nesse
sentido, Márquez acrescentou que poderiam conquistar um acordo com o
governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, sempre e quando
não se coloquem obstáculos. “É possível [alcançar um acordo],
não me atrevo a afirmá-lo”, sempre e quando “não se coloquem
impedimentos artificiais, isto vai fluir rapidamente”.
Desde
o Palácio de Convenções de La Habana [capital de Cuba], onde se
desenvolvem os Diálogos de Paz, Márquez considerou a celebração
de uma Constituinte como um mecanismo para conseguir a paz através
dos Diálogos de Paz.
“A
Constituinte deve ser o resultado de um acordo político, derivado da
necessidade de introduzir mudanças institucionais que assentem as
bases da paz. Concebemos a Constituinte como um mecanismo ideal para
a referenda dos eventuais acordos”, disse Márquez.
Acrescentou
que “a Constituinte vai circundar de legitimidade o acordo, vai
assegurá-lo juridicamente no futuro. Nenhum presidente sucessivo
poderá dizer ‘eu desconheço esses acordos’. É muito importante
por isso”, explicou.
Márquez
afirmou nos inícios do mês que a paz na Colômbia deve ser adotada
como uma política de Estado para
evitar situações conjunturais.
O
processo de conversações começou em fins de 2012, onde tanto o
Governo da Colômbia como as FARC-EP buscam conquistar avanços no
tema da participação política, drogas ilícitas, o abandono das
armas e a reparação das vítimas.
O
conflito armado na nação sul-americana deixou quase 4 milhões de
deslocados e 600 mil mortos em aproximadamente 50 anos, em cujo
processo também participaram grupos de insurgentes, paramilitares de
direita e organizações relacionadas com o narcotráfico.
fonte: telesurtv.net