FARC EP reitera pedido de aprazamento de eleições e Constituinte para a Paz
Havana,
Cuba, sede dos diálogos de paz, julho 1 de 2013
Em atenção às múltiplas inquietudes, assim como às apresadas incompreensões e desqualificações de alguns setores políticos em relação com as propostas sobre o segundo ponto do Acordo Geral denominado “Participação Política”, as FARC-EP, ademais de convidar a uma leitura integral e rigorosa do mencionado acordo, põem a disposição da opinião pública uma “guia metodológica”, com a qual se evidência que cada uma das propostas formuladas se cinge ao espírito e letra do acordado para dar início aos diálogos de paz da Havana.
Trata-se de nosso ponto de vista que como o do Governo, merece respeito, atenção, analise e sindéresis. Da mesma forma nossas proopostas mínimas estão concebidas para o debate franco e aberto e, com a intenção de avançar na construção do acordo rumo à paz com justiça social anseiada pelo nosso povo. Um quadro compativao do Acordo Geral com as proposta das FARC em torno à "Participação política para a democratização real, a paz com justiça social e a reconciliação nacional" será entregue aos jornalistas ao final do presente encontro.
Abrimos
este novo ciclo de conversações, reiterando ao país nossa proposta
de aprazamento do calendario eletiroal e da necessidade de uma
Constituinte para a Paz que estabeleça as mudanças institucionais
que o propósito superior da paz requer e, referende com a
legitimidade que emana do Constituinte Primpário o eventual acordo
de reconciliação e, garante a segurança jurídica do tratado de
paz por acima de qualesquer pretensão de ingerência internacional
ou de elites inimigas da paz.
O aprazamento por um ou dois anos das eleições, incluido na Lei convocatoria da Constituinte, como atribução do Congresso, não só generaria um espaço para ao construção, sem pressas, da paz sobre bases sólidas, mas, salvaria o processo de maledicências e suspicâcias que poderiam vincular-lo com aspirações eleitorais de índole pessoal. A paz deve ser uma política de Estado, para que situações difíceis como as eleições não ponham em pirigo o ansejo de reconciliação do povo da Colômbia. A paz é de todos, não de uma coletividade política nem de grupo algum; isso lhe resta legimidade. À paz se deve convodar a amigos e inimigos.E as FARC estão dispostas a receber a todos eles, aqui na Havana para intercambiar sobre como lograr o bem superior que nos tira o sono.
O apraçamento das eleicções significaria um ou dois anos para que o governo que iniciou o processo possa terminar-lo. A augusta Assambléia convocada pelo Congresso poderia ampliar para 5 anos o período presidencial, sem reeleição, estabelecer o direito à segunda instância para os parlamentares, assim como a iniciativa de que por uma só vez os legisladores podem aspirar, livres de inhabilidades, a cargos de eleição popular. A proposta que hoje reiteramos é para ser convenida entre todos os setors políticos e organizações sociais que conformam nossa nacionalidade.
A
Assemblia Nacional Consituinte é nossa esperança e nossa certeza de
paz. Dela depende a solução política ou a guerra. Do sagrado
reciento de suas deliberações saldrá o tratado de paz que porá
fim a um conflito armado de meio século. “O imposssível -como
dizia o líder das multitudes, Jorge Eliécer Gaitán- não é mais
que o difícil visto por olhos onde não tem nascido a fé tem morto
a esperança”. E a esperança de paz da Colômbia está hoje mais
viva e atuante do que nunca.
Para concluir, por favor, escutem os camponeses do Catatumbo; não os reprimam nem assassinem, não os judicializem com a montagem de sempre: de que serem guerrilheiros. A Delegação de paz das FARC em Havana não é um para-raios dos desatinos de um governo no manejo do problema agrário.
Delegação de Paz das FARC-EP