FARC-EP e governo colombiano retomam diálogo
A Mesa de conversações entre o
governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) iniciou ontem novo ciclo de diálogos em Havana,
Cuba. A expectativa é que a rodada seja curta e encerrada ainda
nesta semana, por causa do segundo turno das eleições
presidenciais, que ocorrerá em menos de 15 dias. A equipe
negociadora volta a se reunir depois da aprovação de um acordo
parcial sobre "o problema das drogas", e com as dúvidas
quanto ao futuro das conversações, em meio à disputa entre Juan
Manuel Santos, candidato à reeleição, e Óscar Zuluaga, do
Centro Democrático (extrema direita).
O diálogo foi iniciado em
novembro de 2012, após pelo menos seis meses de conversações
"secretas" entre as partes, que definiram uma agenda de
seis pontos. Agora, à véspera da eleição, o fim do conflito
armado está no centro do debate entre os candidatos. Santos tenta
ser reeleito em nome da continuidade do processo, e Zuluaga,
embora tenha criticado os diálogos, agora não apresenta um
posicionamento claro.
Inicialmente o opositor -
apadrinhado do ex-presidente Álvaro Uribe, um dos maiores
críticos do governo Santos e da condução do processo com as
Farc - havia dito que suspenderia o processo de paz até que as
Farc abandonassem as armas e deixassem atividades criminosas, como
ataques à infraestrutura do país, atentados e recrutamento de
crianças para o conflito.
Mas, após o resultado do primeiro
turno, Zuluaga amenizou o discurso e fala na manutenção do
processo de paz, com alguns "ajustes" e condições.
Uma semana após as eleições
presidenciais, o cenário ainda é indefinido e as pesquisas
continuam a indicar empate técnico entre os dois candidatos,
algumas com ligeira vantagem para Santos, outras com melhor
desempenho de Zuluaga.
O atual diálogo entre as Farc e o
governo é considerado como o processo que "mais avançou"
em direção a uma saída pacífica para o conflito de meio
século. A Mesa de Conversações conseguiu chegar já a Acordos
parciais sobre três dos seis pontos da Agenda: 01. Política
de Desenvolvimento Agrário; 02. Participação
Política; 03. Solução do problema das
drogas ilícitas.
Os Pontos a tratar que ainda
restam são: 01. Os direitos das vítimas do conflito, entre eles
o direito a conhecer a verdade; 02. Fim do conflito; 03.
Implementação, Verificação do cumprimento do Acordo de Paz e,
a definição de um mecanismo para que seja O Soberano ( O Povo)
que diga a última palavra sobre o Acordo de Paz. As FARC propôem
que esse mecanismo seja uma Assembléia Nacional Constituinte.
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maiores informações as leitoras e leitores podem visitar :