Congresso colombiano não aprova projeto de aliança militar com OTAN
O
projeto, apresentado pelo executivo, contemplava estabelecer una
cooperação militar entre Colômbia e os países membros da OTAN. Os
opositores ao projeto de lei argumentaram que o mesmo violava a
soberania nacional e comprometia a segurança do Estado.
A
Câmara de Representantes da Colômbia deteve a tentativa do Governo
nacional de pactuar uma aliança militar com a Organização do
Tratado do Atlântico Norte [OTAN] durante o encerramento do presente
período legislativo. O projeto, apresentado pelo executivo,
contemplava estabelecer uma cooperação militar entre a Colômbia e
os países membros da OTAN.
Dentro
os opositores está o atual representante e eleito senador pelo Polo
Democrático Alternativo Iván Cepeda, quem se mostrou satisfeito
pela decisão por considerar que em meio a um processo de paz não se
pode fazer acordos para a guerra.
Cepeda
explicou, em entrevista exclusiva a teleSUL, que “Existe a
possibilidade de que a Câmara de Representantes elimine esta
iniciativa. O que nos parece o mais indicado. Não é coerente
desenvolver uma política de paz para pôr ponto final à guerra
colombiana e entrar no maior tratado militar no planeta”.
Afirmou
que “Neste período legislativo, essa iniciativa não abriu
passagem”. Nessa ordem, o representante sustentou que “Os
argumentos do governo não são nada claros; dizem que se trata de um
acordo de intercâmbio de informação; para nós, é aliar-se com
países da OTAN. Não está claro o tipo de informação que a
Colômbia entregaria”.
Nessa
ordem, acrescentou que “Não se sabe se a Colômbia participaria em
operações da OTAN ou se o organismo teria potestade para intervir
no país”. Cepeda também disse que não se trata de uma postura
definitiva. “Ficou este assunto posto em discussão e o resultado
foi recusar a iniciativa; estaremos atentos e alertaremos aos setores
do país que desejam a paz”.
Também
fez referência a que “não seria compreensível que o governo de
Juan Manuel Santos, que recebeu um mandato nas urnas para que sele um
processo de paz, seja o mesmo que lidere a inclusão da Colômbia no
pacto militar mais poderoso do planeta”.
“A
discussão é que se tenta disfarçar a participação da Colômbia,
que tem implicações militares e estratégicas da
linha política do governo”, afirmou. “É possível que na
próxima legislatura o governo nacional tente de novo sua aprovação.
Fonte: www.telesurtv.net