"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 14 de junho de 2014

Fim do conflito armado deve acelerar crescimento econômico e gerar qualidade de vida


Por Natasha Pitts



O que a Colômbia ganhará com a paz? O questionamento é o título de um estudo preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Centro de Análise de Conflito (Cerac) com o intuito de mostrar, de forma clara e em termos práticos, os reais benefícios do fim do conflito armado interno na Colômbia. Hoje, o governo e as principais guerrilhas tentam afinar uma conversar e colocar fim aos ataques mútuos, que já duram mais de meio século.


O primeiro ponto positivo destacado é a aceleração do crescimento econômico. Atualmente, o Produto Interno Bruto (PIB) departamental se duplica a cada 18,5 anos. Estima-se que, com o fim do conflito, essa duplicação possa acontecer a cada 8,5 anos. A renda anual por habitante também deve aumentar. Hoje, ela é de US$ 11.200 e sem o conflito deve subir significativamente e passar para US$ 16.700.


O documento toma como exemplo Peru e Filipinas. Com o fim do conflito armado nesses países, a taxa de crescimento do PIB aumentou em 45% e 37%, respectivamente. A realidade da Colômbia e de Israel - onde a luta armada persiste - foi de diminuição desse indicador de desenvolvimento econômico em 1%.


Sendo assim, enquanto o conflito existir haverá atrasos em matéria de desenvolvimento, sobretudo nos pequenos municípios. Livre da violência, pequenas e médias cidades poderão receber mais recursos. Contudo, não é preciso apenas cessar o conflito, mas sim encerrá-lo definitivamente. Em outras palavras, o documento destaca que "a paz é um caminho seguro para o desenvolvimento”.


O sistema financeiro também deve se tornar mais includente, com benefícios chegando para mais colombianos na zona rural e nos municípios afetados pelo conflito armado. O chamado ‘risco país’, indicador utilizado para orientar os investidores estrangeiros a respeito da situação financeira de um mercado emergente, deve diminuir e, consequentemente, crescerá a possibilidade de se pagar a dívida externa e atrair novos investidores.


Menos vítimas da violência e uma melhor qualidade de vida também são benefícios certos. A reparação deve atingir mais de 6 milhões de vítimas e a restituição de terras poderá ser acelerada. Ainda com relação à questão agrária, será possível uma melhor distribuição das propriedades de terra, diminuindo assim a brecha entre zonas urbanas e rurais.


Em suma, o fim do conflito armado deve impulsionar o desenvolvimento, gerar mais equidade, bem estar social, renda e qualidade de vida em todos os setores, além de frear a fuga de 'cérebros' e capital humano do país.