Organizações rurais são as mais descriminadas em região colombiana
Camponeses,
indígenas e mineiros informais, são os grupos que mais sofrem com
violações dos direitos humanos em Caucasia, Cáceres e Tarazá,
municípios da região de Bajo Cauca, na Colômbia. É o que aponta
uma pesquisa realizada pelo Instituto Popular de Capacitação (IPC),
durante o desenvolvimento do projeto ‘Direitos sem estigmas:
tolerância e cultura de direitos humanos em Caucasia, Cáceres e
Tarazá’, realizado com 118 pessoas, entre funcionários públicos
e líderes comunitários dos três municípios.
A pesquisa consistia em averiguar a
opinião dos defensores dos direitos humanos a fim fazer um
levantamento acerca da estigmatização e da intolerância nos três
municípios, com o objetivo de tomar conhecimento dos problemas que
afetam a promoção e defesa dos direitos humanos na região.
Algumas conclusões:
Os resultados da pesquisa afirmam que
o conflito armado é a principal causa dos abusos dos direitos
humanos nas comunidades rurais. Além disso, revelam que, pelo fato
de estarem localizadas em zonas rurais, essas comunidades são muitas
vezes tachadas como ajudantes dos grupos armados.
A investigação assinala também a
existência de níveis de desconfiança entre as organizações
rurais e as instituições públicas, o que dificulta a criação de
espaços de diálogos, os quais seriam oportunidades de promover,
restaurar e defender os direitos humanos na região.
Alguns dados
Dentre os resultados da pesquisa é
possível destacar que 20% dos funcionários públicos acreditam que
o trabalho das organizações rurais estão ligadas à ilegalidade,
enquanto que 15% organizações rurais pensam o mesmo sobre o
trabalho dos funcionários públicos.
Outro dado importante é sobre o
tratamento dos servidores públicos. 25% das organizações rurais se
sentem tratadas com negligência por esses profissionais e 7% se
disseram mal tratadas pela categoria.
Com informações da agência IPC