Estados Unidos interceptaram comunicações das FARC: New York Times Interceptações
Segundo o informe que o diário apresenta, esta informação foi entregue
ao Exército colombiano.
Num extenso informe que o diário New York Times apresenta, intitulado
“Não há comida demasiada pequena para a faminta NSA”, no qual expõe vários
casos emblemáticos nos quais a Agência de Segurança Nacional usou técnicas de
espionagem, se assegura que a inteligência dos Estados Unidos teve acesso a informação
detalhada sobre movimentos das FARC e proporcionou estes dados ao Exército.
“Os mecanismos de espionagem da agência,
usando um avião do Departamento de Defesa que voava a 60.000 pés sobre a
Colômbia, deram a localização e planos dos membros das FARC ao Exército da
Colômbia”, assinala o diário.
No entanto, o jornal estadunidense assegura
que o presidente Barack Obama e funcionários de corpos de inteligência
defenderam o papel da agência na prevenção de ataques terroristas, porém os
documentos deixam claro que o enfoque na luta contra o terrorismo é um
argumento “mentirosamente estreito” para uma agência com uma agenda
praticamente ilimitada, e cujas operações demonstram uma escala e uma
agressividade impressionantes.
“Em milhares de documentos classificados, a
Agência de Segurança Nacional surge como um onívoro eletrônico de capacidades
assombrosas que recorre a chuçadas e pirataria em seu caminho para despojar aos
governos e outros objetivos em todo o mundo de seus segredos, enquanto aplica o
mais absoluto segredo sobre suas operações”, assinala o periódico.
Cabe relembrar que, durante o mês de julho, o
diário O Globo, do Brasil, revelou
que a Colômbia era um dos países mais espiados pelos Estados Unidos nos últimos
cinco anos, depois de Brasil e México, através de chamadas telefônicas,
correios eletrônicos e espionagem via satélite.
O New York Times afirma que essa agência de inteligência espia sistematicamente os amigos, assim como os inimigos, como foi revelado há vários meses, e durante as últimas semanas ficou claro que em sua agenda estão trabalhos como usar de seus poderes de vigilância para consquistar a “vantagem diplomática” sobre aliados como França e Alemanha e “vantagem econômica” sobre Japão e Brasil, entre outros países.