Defender o "Mais Médicos" é defender a valorização do SUS, uma conquista da sociedade
-->
O
presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu o programa "Mais
Médicos" do governo Federal em audiência no Supremo Tribunal
Federal, nesta segunda-feira, 25, em Brasília.
"Defender
o "Mais Médicos" é defender a valorização do SUS -
Sistema Único de Saúde, uma conquista importante da nossa
sociedade, fundamentalmente, dos trabalhadores e das trabalhadoras ;
é defender mais investimentos na saúde, na qualificação dos/as
trabalhadores e na melhoria das condições dos locais de
trabalho".
A
audiência, convocada pelo ministro Marco Aurélio, tem como objetivo
buscar informações junto a especialistas e também saber a opinião
da sociedade sobre o Programa Mais Médicos, para subsidiar o
julgamento da matéria pelo STF. O processo será liberado para
julgamento assim que o procurador-geral da República encaminhar ao
supremo seu parecer sobre o programa.
Para
o presidente da CUT, não há dúvida de que o Brasil ainda carece e
muito de serviço público de qualidade, em especial na saúde, área
de vital importância para a população que não pode pagar por
serviços privados. No entanto, ressaltou que é essencial defender o
SUS, "uma conquista importante da sociedade brasileira, que nem
mesmo o povo dos EUA tem".
"Não
podemos admitir que faltem médicos para atender trabalhadores em
muitos municípios e regiões das periferias das grandes cidades,
como ocorre atualmente, sem pensar em uma solução. Porém, não
basta contratar médicos. É preciso investir e muito na saúde",
pontuou Vagner.
Segundo
o dirigente, o problema da saúde no Brasil não se resume apenas a
ter mais médicos. "É preciso contratar médicos, brasileiros
ou estrangeiros, que queriam ir para esses locais para onde a maioria
da categoria se recusa a ir, mas também continuar a investir em
condições de trabalho, equipamentos, qualificação dos
trabalhadores na saúde", argumentou Vagner lembrando que: "não
podemos deixar de dizer é que tudo se inicia com o médico. Se
tivermos equipamentos, unidades, medicamentos, excelentes condições
de trabalho e não tivermos médicos, não vai adiantar absolutamente
nada".
Vagner
lembrou também de tudo que sido feito nos últimos dez anos para
resgatar a qualidade dos serviços públicos no país, depois de anos
de descaso, falta de investimentos em equipamentos e em pessoal. Para
ele, Lula e Dilma estão fazendo um verdadeiro resgate histórico dos
direitos da população e dos trabalhadores investimento em serviços
públicos de qualidade.
"É
preciso que fique claro que não concordamos na demonização da
categoria médica. Para nós o que está claro é que é preciso
iniciar a melhoria da saúde dos brasileiros colocando mais médicos
onde precisa e, depois, complementar a medida com muitos outros
investimentos na saúde", concluiu o presidente da CUT.
A audiência pública sobre o Mais Médicos começou pela manhã quando apresentaram argumentos favoráveis ao programa os representantes do governo: o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que defenderam o programa Mais Médicos na forma como foi implantado, bem como o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller (Sesu/MEC).
A audiência pública sobre o Mais Médicos começou pela manhã quando apresentaram argumentos favoráveis ao programa os representantes do governo: o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que defenderam o programa Mais Médicos na forma como foi implantado, bem como o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller (Sesu/MEC).
Também falaram partes contrárias ao programa como o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Ávila, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino de Araújo Cardoso Filho, e o representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), Sebastião Vieira Caixeta.
O
ministro Marco Aurélio é o relator das Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADIs) 5035 e 5037, que contestam dispositivos
da Medida Provisória (MP) 621/2013, que instituiu o programa, o
ministro afirmou que “o debate é salutar para um bom desfecho das
ADIs”.
Ele
informou aos participantes da audiência pública que todas as
explanações estão sendo gravadas e servirão para instruir o
julgamento que vai analisar a vinda de médicos de fora para o
Brasil, ou seja, a abertura maior das fronteiras brasileiras no setor
da saúde.
Em
sua explanação Vagner fez questão de elogiar a audiência pública.
Segundo ele, é importante poder exercer o legítimo direito
democrático que o espaço aberto pelo STF permitiu.
É
bom que existam esses espaços na nossa democracia, onde possamos
debater e defender os pontos de vista dos trabalhadores." Somos
totalmente favoráveis ao programa Mais Médicos porque queremos que
a saúde chegue a todos e todas".