"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Jurisdição Especial para a Paz é um acordo firme





"não se pode, por qualquer motivo aceitar a interpretação unilateral do alcançado no acordo, porque serão os futuros magistrados os que ao asumir sua missão na nova Jurisdição Especial para a Paz, terão a competência para aplicar seus alcances".

Havana, Cuba, sede dos Diálogos de Paz, 28 de setembro de 2015

Depois de ouvir com calma e cuidadosamente os pronunciamentos dos senhores Humberto de la Calle e Sérgio Jaramillo, membros da equipe negociador do governo em La Habana, sobre o ponto fechado Jurisdição Especial para a Paz, comunicamos de forma cabal e assertiva o seguinte:

1. O acordo chamado Jurisdição Especial para a Paz, Princípios básicos do componente de justiça do Sistema integral de verdade, Jjustiça, Reparação e Não-repetição, está fechado. Não é certo que com relação ao seu contenido substantivo e procediemental haja temas que requeiram precisão adicional ou em desenvolvimento que implique aclarar o que não necessite esclarecimento algum, porque o escrito e recolhido no texto é totalmente transparente, igual que gramatilcamente aceitável, o suficiente em tanto ao objectivo buscado e transparente em suas várias expressões.

2. Não é aceitável por qualquer razão, a interpretação unilateral do alcançado no acordo, porque serão os futuros magistrados quem ao assumirem sua missão na nova Jurisdição Especial para a Paz terão a competência para aplicar seus alcances.

3. O documento sobre Jurisdição Especial para a Paz é um acordo firme, portanto, não pode ser alterado em qualquer dos seus pontos. Pôr em dúvida o seu conteúdo é questionar a data acordada para acabar com o conflito.

4. No dia 23 deste mês realizou-se em Havana um ato sem precedentes: O Chefe de Estado da República da Colômbia, o Chefe de Estado da República de Cuba, e o Comandante do Estado Maior Central das FARC EP, solenemente se reuniram para dar a boa notícia de que a paz sim é possível. Neste contexto, com a assinatura dos Chefes de Delegação se protocoliçou o acordo alcançado. Cópias dele foram dadas aos países garantes.

5. O acordo foi aplaudido pelo Papa Francisco, o Secretário-Geral das Nações Unidas, a União Europeia, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e por distintos governos do mundo. O próprio presidente Santos informou ao país que o ex-Procurador da Corte Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo, o tinha denominado como "uma obra de arte." E resulta que agora é anunciado que esclarecimentos adicionais ainda são necessários.

6. No acordo não se fala de concentração de tropas das FARC-EP nem de locais de confinamento para aqueles que fornecem verdade completa e exaustiva.

Para nós, que integramos as FARC-EP, o que aconteceu na quarta-feira passada não foi encenado para impressionar a galeria. Tratou-se de uma entrega solene de um documento que compromete as partes. Este acto levou à manifestação do compromisso da palavra de mulheres e homens em rebelião, alçados em armas por mais de sessenta anos, que anseiam a paz. Que ninguém chegue a estas horas da história da reconciliação pátria a enlodar com caprichos infelizes o caminho restante para completar um processo que só deve ser revestido de glória. Devemos honrar a palavra, temos de honrar os compromissos.


Delegação da paz das FARC-EP