"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 12 de setembro de 2015

Queremos seguir avançando


La Habana, Cuba, sede dos Diálogos de Paz, 11 de setembro de 2015

Iniciamos este novo ciclo com a convicção de que o processo deve redobrar sua marcha inevitável para o fim do conflito. Temos razões fundadas para o otimismo. Em apenas 7 dias, a subcomissão jurídica posta em marcha pelo Presidente Santos e o comandante Timoleón Jiménez nos colocou às portas do acordo sobre Justiça, como componente do Sistema Integral de Verdade, Justiça, Reparação e Não Repetição.
O entendimento avança também no terreno do Cessar-Fogo e de Hostilidades, Bilateral e Definitivo, na subcomissão técnica integrada por cinco generais e um almirante, e por comandantes do Secretariado e do Estado-Maior Central das FARC-EP, ao tempo em que começamos o estudo sobre o esclarecimento e desmonte do fenômeno do paramilitarismo, que não poderá ficar gravitando como ameaça de guerra suja sobre o firmamento do pós acordo.
Quando as FARC falam desde Havana ou desde a montanha, não fala a soberba e sim o realismo, que tem sempre em conta que o processo de paz não é um processo de submissão, mas sim um diálogo entre partes iguais que têm visões próprias de país. Estas, teremos que harmonizá-las, se o que se quer é alcançar o bem supremo da paz como direito síntese de todos os colombianos.
Não se pode confundir com soberba a precisão necessária de que este é um processo de paz e não um processo judicial contra as FARC. Não viemos a Havana para negociar impunidades nem abaixar a cabeça frente ao Direito Penal do Inimigo, mas sim para construir fórmulas combinadas que nos conduzam a uma paz justa e duradoura baseada no reconhecimento das vítimas e que nivele o caminho da reconciliação.
Por isso, quando falamos de Deixação de Armas, nos referimos a sua não utilização em política, compromisso que se deve subscrever tanto pela guerrilha como pelo Estado. Os mecanismos para tornar realidade a colocação das armas longe de seu uso, de tal maneira que se assegura a luta política limpa e democrática são os que estamos tentando acordar na Mesa de Conversações. Não se trata de impor caprichos e sim de adotar, apoiados no sentido comum, um convênio razoável que nos permita alcançar esse objetivo.
Reiteramos que em Havana não conhecemos o conteúdo do projeto de Ato Legislativo que, segundo a imprensa, se estaria socializando no Congresso. Se torna inconveniente resolver de maneira unilateral um dos assuntos que a Mesa de Conversações ainda não aborda, como é o da Referenda, contida no ponto sexto da Agenda.
Urge, para o êxito deste processo, superar o quanto antes as desavenças entre Colômbia e Venezuela, duas repúblicas irmãs, filhas de um mesmo pai, o Libertador Simón Bolívar. Em nome dos excluídos e dos sem voz em nosso país, agradecemos a Venezuela tudo o que tem feito pela paz e a reconciliação da Colômbia.
DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP

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Equipe ANNCOL - Brasil