Fronteira colombo-venezuelana em paz
Na cúpula entre os Presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos, em Quito, e num cenário de cordialidade e respeito, triunfou a paz e a unidade latino-americana. Ficou isolado o guerreirismo gringo e o de seu agente ultra direitista Uribe Vélez. Queriam incendiar a fronteira. Queriam uma guerra e lhes saiu o tiro pela culatra.
Se deu o cara a cara entre os presidentes Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos. Ocorreu em Quito, Equador.
Funcionaram os cenários da integração e da solidariedade latino-americana que com tanta audácia, energia, liderança e convicção o imortal Hugo Chávez promoveu. Da unidade dos povos e das nações do sul que tem sido a busca ininterrupta da Revolução Cubana e de Fidel.
O conflito e os problemas que sucederam entre as duas nações no último mês, em mãos da OEA e da manipulação do governo imperialista gringo, já nos teriam à beira da guerra e dos conhecidos cenários de violência que o governo dos Estados Unidos promove por todo o planeta. Pensemos só no que ocorre na Síria e no Oriente Médio.
Que tal este acontecimento fronteira gestado pelo bandido do Ubérrimo? Gritos, insultos, ameaças, loucura, bravatas. Vimo-lo em Cúcuta e Maicao. Já teria uma “Contra” ao longo dos 2.219 quilômetros do limite, ao estilo da nicaraguense dos anos oitenta, fazendo danos e provocando mais derramamento de sangue dos dois povos irmãos.
Não é pouco o que ocorreu. Há que interpretá-lo da melhor maneira. O Presidente Juan Manuel Santos procedeu com muita sensatez, tranquilidade, ponderação, sem infantilismos e com a maturidade de quem assume a complexidade do assunto nos termos de um estadista. A Chanceler Holguín atuou na mesma linha. Dizer o contrário é delirante.
O Presidente Nicolás Maduro procedeu nos termos de suas responsabilidades como principal líder do povo e do Estado venezuelano. Não foi pelas beiradas. Tomou as decisões necessárias. Colocou com franqueza e contundência os problemas que afetam a boa vizinhança: paramilitarismo, narcotráfico, contrabando, especulação financeira e conspiração contra a institucionalidade bolivariana mediante a mais descarada manipulação midiática a partir do território colombiano. Era uma guinada desnecessariamente adiada durante anos pelos dirigentes da Revolução Bolivariana. Era o melhor. E assim o fez o Presidente Maduro e sua Chanceler Rodríguez. Outro estilo. Outras maneiras de assumir essas complicadas problemáticas. Como se equivocam com o sucessor de Chávez os grupos de ultra dir eita e de ultra esquerda... Maduro está demonstrando que com ele a coisa é a sério. Que não delira, que não vai pelas beiradas, põe o peito nas coisas, sem perder o sentido da realidade. Considerando as correlações de força. Perfeito. Me agrada. Não lê como mentira aos que o ridicularizam com trivialidades e comicidades. Aos que o estigmatizam com piadinhas de mau gosto.
A Chanceler Delcy Rodríguez cumpriu um papel transcendental, apoiada na diplomacia bolivariana e chavista. Firme, rigorosa, sem rodeios. Os interesses da pátria de Bolívar estão em muito boas mãos. Foi direto e desmascarou a cizânia uribista, ultra direitista, imperialista e das máquinas midiáticas da mentira e do engano.
A unidade latino-americana, as raízes históricas comuns das duas nações, o pensamento e a obra de Bolívar, de Chávez e Fidel constituem a base fundamental do novo entendimento entre Santos e Maduro, entre Colômbia e Venezuela, duas nações irmãs. Melhor, uma nação nos termos da comunidade imaginada de Anderson. Isso é uma nação: uma comunidade imaginada, com línguas, com culturas e povos comuns que se imaginam, no lugar em que estejam, como membros de um mesmo sujeito coletivo.
Estes são os sete pontos do acordo entre os dois Chefes de Estado e a plataforma da Fronteira de paz que se deve projetar paulatinamente para o futuro:
· O retorno imediato dos respectivos embaixadores.
· Realizar uma investigação séria e profunda da situação da fronteira.
Nota. O acordo entre as candidatas à Prefeitura de Bogotá, Clara López e María Mercedes Maldonado, é um passo que blinda as conquistas sociais e populares dos bogotanos. É uma muralha contra a fantasia neoliberal peñalosista do cimento e contra contratos lesivos dos polvos conhecidos por seu saqueio dos orçamentos distritais. É o momento mais importante da unidade da esquerda em todas as suas expressões colombianas, que pela primeira vez se dá na história nacional. Há que buscar nos dias seguintes novos cenários de convergência com os movimentos e partidos que defendem a paz, a ampliação da democracia e do pluralismo, essa foi a experiência das eleições presidenciais do ano anterior, especialmente entre o primeiro e segundo turno.
O bilhão de pesos que vale reparar os danos de Peñalosa no Transmilenio de la Avenida Caracas, com seus ladrilhos e recheio fluido fraudulento, deve ser repudiado amplamente pelos capitalinos. As manobras do candidato da ultradireita de todos os gêneros, para impedir o início das obras do Metrô, há que denunciá-las e explicá-las com clareza à cidadania, pois o que se afeta diretamente é o direito democrático à mobilidade.
O senhor Peñalosa e seu faraônico programa de obras mais parecem um projeto para Vancouver ou Toronto. Se equivocou de cidade esse senhor, vive em outro mundo, alheio aos problemas imediatos da capital colombiana. Bogotá necessita de Metrô de maneira imediata; necessita de emprego para 370 jovens; necessita de bem viver com a natureza; necessita de mais universidade distrital grátis e de qualidade nas localidades; necessita de mais democracia; necessita de mais transparência em seu espaço público e menos malandros tipo Rios, Velez e Vargas Lleras despojando os orçamentos oficiais.
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Equipe
ANNCOL - Brasil