"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 17 de fevereiro de 2008

As FARC descartam participação da Espanha e da Igreja Católica em eventual mecanismo mediador

As Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (FARC), descartaram hoje a participação da Espanha e da Ighreja Católica em um eventual mecanismo mediadro para o acordo humanitário.

Em declarações à Prensa Latina via Internet, o comandante Raúl Reyes garantiu que o governo espanhol e a Igreja Católica da Colômbia se autoexcluíram como possíveis mediadores da troca de prisioneiros, ao tomarem partido a favor do governo de Álvaro Uribe.

O pronunciamento de Reyes ocorre após a libertação de Claudia Rojas e Consuelo González e o anúncio de que entregaria mais três ex-congressistas, ações unilaterais de desagravo ao gesto humanitário do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e da senadora Piedad Córdoba.

No objetivo da libertação dos prisioneiros de guerra em poder das partes, é necessária a desmilitarização, por 45 dias, dos municípios de Pradera e Florida, apontou o membro do Secretariado das FARC.

Reys assegurou que a oferta da chamada zona especial é outra estratégia do presidente Uribe com a qual pretende prolongar por mais tempo a angústia dos prisioneiros e de seus familiares.

Na opinião do líder rebelde, a proposta de reconhecer o status de força beligerante às FARC, é a melhor contribuição política feita até hoje em benefício do acordo humanitário e da busca da paz entre os colombianos.

A Comunidade Internacional, ou ao menos os povos e governos antiuimperialistas, socialistas e progressistas da região, devem aceitar com entusiasmo a proposta do chefe do governo bolivariano da República irmã da Venezuela.

As FARC continuam seu processo normal de rescimento em homens, armas e simpatia popular, contra a política do governo de fomentar falsas informações que alimentam ilusões dos que pretendem, inutilmente, quebrar a capacidade do exército de Manuel Marulanda.

Nesse sentido, Reyes comentou que uma das formas de guerra utilizada é a difusão de rumores de que o comandante chefe das FARC sofre de uma doença terminal e que os demais integrantes do Secretariado disputando a liderança do grupo.

Nosso chefe goza de boa saúde e continua conduzindo sua organização político-militar com grande acerto, demonstrando, em que pese a participação das tropas mercenárias de George W. Bush com as paramilitares de Uribe, não conseguir resgatar pela força os prisioneiros de guerra.

O governo sustenta a guerra nas campanhas mediáticas difundidas pelos meios de comunicação a serviço dos ianques e das oligarquias, tais como Caracol, RCN, El Tiempo e El País da Espanha, entre outros aparelhos de desinformação, infâmia, calúnia e mentira.

Recordemos, alertou Reyes, que desde 1964, quando as FARC surgem em Marquetalia como força de oposição política, já deliravam com a morte do comandante Marulanda.