FARC-EP pedem a Santos desescalar conflito em Colômbia
As FARC-EP e o governo se encontram em conversações desde 2012 para pôr fim ao conflito social e armado que aflige a Colômbia.
As
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo
[FARC-EP] fizeram um chamamento nesta quinta-feira ao Governo do
presidente Juan Manuel Santos para desescalar o conflito em Colômbia,
no contexto do ciclo 38 dos diálogos de paz que as partes
desenvolvem em Havana [Cuba] desde 2012. Fabiola López,
correspondente de teleSUL em Havana, informou que a guerrilha fez
referência ao cansaço que o conflito armado de mais meio século
gerou, o qual está dessangrando a população.
Através
de um comunicado, as FARC-EP narraram os acontecimentos dos últimos
dias marcados pela resistência da população civil à Força
Pública. Asseguraram que, na zona colombiana de Argelia, campesinos,
fartos de suportar dentro de suas casas a policiais confinados pelo
temor de serem atacados, procederam a expulsá-los da zona urbana,
exigindo sua reinstalação longe da população. Não
deixe de ler: FARC-EP e Governo colombiano continuam os Diálogos de
Paz.
Enquanto isso, em Inzá, o assassinato de um comuneiro por uma
patrulha do Exército resultou na detenção de trinta soldados por
parte da comunidade indígena que exige o cessar das operações e
que os militares abandonem o território.
Nesse
sentido, a guerrilha relembrou que, ao instalar estações de polícia
e unidades militares em áreas urbanas, escolas, campos desportivos
etc., o Estado viola normas do Direito Internacional Humanitário,
das quais é signatário.
Em
contexto: Representantes do governo colombiano se reúnem com as
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo
[FARC-EP] para conversar em Havana desde o ano de 2012, tratando de
conseguir uma saída combinada à confrontação, que dura mais de
meio século.
Como
resultado dos diálogos de paz, foram alcançados acordos parciais em
temas como a reforma rural integral, participação política e
garantia para a oposição, o tema das drogas ilícitas, ademais de
um programa para o desminado e a criação de uma comissão da
verdade.
Equipe
ANNCOL - Brasil