Unasul: Samper propõe “blindar” processo de paz da Colômbia com cessar-fogo
Quito,
Equador, 14 de junho de 2015. Fuente: andes.info.ec
O
ex-presidente colombiano Ernesto Samper, secretário-geral da União
de Nações Sul-americanas [Unasul], propôs nesta sexta-feira a
necessidade de “blindar” os diálogos de paz entre o governo
colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC],
que se realizam em Havana, com um cessar-fogo bilateral que seja
verificado internacionalmente.
Através
de mensagens em sua conta de Twitter, Samper fez a proposta devido
aos “derramamentos inumanos” de petróleo no estado [província]
do Putumayo, fronteiriço com o Equador na Amazônia.
O
secretário da Unasul, bloco que tem sua sede em Quito, faz
referência a uma ação atribuída às FARC, com a qual obrigou
condutores a derramarem 200.000 galões de petróleo cru numa zona
rural do município petroleiro de Puerto Asís na segunda-feira
passada.
“Os
derramamentos inumanos de petróleo no Putumayo demonstram a
necessidade de blindar o processo de Havana com um cessar-fogo
bilateral verificado internacionalmente”, [sic], escreveu Samper.
Nas
últimas semanas se registrou uma série de fatos que dão conta de
uma escalada de um conflito que vem durando por mais de 50 anos.
Ao
derramamento de petróleo se somam, por parte das FARC, atentados que
deixaram sem energia elétrica várias zonas da Colômbia e antes
foram os responsáveis pela morte de 11 militares num enfrentamento.
Por
causa desse fato, o presidente Juan Manuel Santos ordenou reiniciar
os bombardeios que tinham sido suspensos e desde então têm aplicado
duros golpes à guerrilha em ataques e bombardeios que deixaram numa
semana mais de 40 rebeldes mortos, incluídos dois comandantes, entre
eles um delegado das FARC em Havana que tinha regressado à Colômbia
para explicar o processo, segundo assinalou em seu momento o grupo
rebelde.
Após
os ataques, a 22 de maio passado as FARC anunciaram a suspensão do
cessar-fogo unilateral que tinha começado em 20 de dezembro de 2014.
O
presidente Santos se negou a decretar um cessar-fogo alegando que
poderia ser aproveitado pela guerrilha para fortalecer-se.
As
delegações de ambas as partes iniciaram o processo de paz em
novembro de 2012 em Havana.
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ANNCOL - Brasil