"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

O ESTADO E O EMPRESARIADO: VENDENDO A PAZ



A Mesa de Conversações em Havana deve derrotar poderosos inimigos, salvar grandes obstáculos e consensuar as diferenças para chegar a um Acordo Final; para isso, trabalha e avança com dificuldade, porém com firmeza. No entanto, o governo colombiano e o empresariado já converteram a Paz num negócio e oferecem suas bondades às transnacionais.
Vender a Paz agora, como estão fazendo e sem nenhum pudor, é nem mais nem menos que “selar sem ter a mula”, diz a sabedoria popular.
Nas agora tão em moda rondas de negócios, brindam todas as garantias para o investimento estrangeiro, prioritariamente na produção energética e na mega mineração; é a chamada reprimarização econômica promotora do extrativismo. Nessas voltas, vendendo a paz, andam o presidente Juan Manuel Santos, o vice-presidente e ministro de Habitação, Germán Vargas Lleras, o ministro de Fazenda Pública, Mauricio Cárdenas, o empresariado, até Frank Pearl, integrante da equipe de diálogo do governo.
Os que sempre tiveram tudo falam de sair em compras, no caso colombiano saem em vendas, a enfeirar as riquezas nacionais que são patrimônio de todos e todas. Não se trata de um ataque a todo transe, radical e descontextualizado ao investimento estrangeiro, é preocupação legítima pela necessária racionalidade e sustentabilidade da exploração dos recursos naturais, também a reiteração da soberania como princípio indeclinável.
Na insaciável busca de lucros, o neoliberalismo desconhece a dor de pátria, pois nada sabe de soberania.
Empresários e governo privilegiam o negócio e o lucro individual acima de tudo, para isso servirá a paz segundo sua ótica; por outro lado, as organizações populares, a guerrilha entre elas, consideram a necessária democracia e a justiça social como as conquistas da Paz. Se refletem assim as duas concepções enfrentadas.
As transnacionais que operam no país informam multimilionários lucros só superados pelos obtidos pelo setor financeiro; se fala sem pudor da estabilidade e do crescimento econômico do país, porém não se diz que é nas cifras da macroeconomia para nada refletidas na cotidianidade de homens e mulheres da Colômbia. Até o Fundo Monetário Internacional reconheceu os riscos do suposto auge exportador, sem corresponder-se com a produção, característico do extrativismo.
Um dos argumentos usados para suavizar ouvidos e convencer endinheirados para investir em Colômbia é que nada vai mudar com o diálogo, então, para que o processo? Não se trata de buscar acordos para assentar as bases de solução das causas econômicas, políticas, sociais e culturais do conflito?
É irreal a ideia de uma economia funcionando de acordo com a vontade e o subjetivismo.
Ademais, a Colômbia atrativa para o investimento estrangeiro com a paz como ingrediente central, atualmente tem como objetivo proteger as transnacionais dos necessários incrementos nos impostos e descarregar, como sempre, o peso da tributação nos setores menos favorecidos
 Nota:
Nem foi, nem é, nem será propósito nosso afetar o povo do qual somos filhos, ao qual pertencemos e nos devemos. ¡O demais é desinformação, é pura é físicabazófia!


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Equipe ANNCOL - Brasil