STÉDILE: "SEJAM BEM-VINDOS À LUTA DE CLASSES"
Com
essa frase, o dirigente nacional do MST João Pedro Stédile encerrou
a primeira parte das discussões sobre a análise da conjuntura e
compreensão do momento político atual, promovido nesta sexta-feira,
24 de julho, pela Fetquim em São Paulo.
As
lideranças da CNQ-CUT, presidenta Lucineide Varjão e o secretário
de administração Sergio Novais, participaram da atividade, que
contou com vários companheiros e companheiras dos sindicatos do ramo
químico da CUT em São Paulo.
Stédile
destacou que estamos vivendo um período muito complexo, difícil,
pois nos dois últimos anos foi se formando uma situação na
sociedade brasileira que levou o país a três crises: econômica,
social e política.
Para
ele, a gravidade que estamos vivendo é porque juntaram-se essas três
crises e, portanto, a saída será mais demorada, mais dolorida. "Mas
tem que ter saída. E ela vai depender de como a maioria da
população, que é a classe trabalhadora, irá se comportar",
disse.
Reforma
Política
"Vivemos
uma situação muito grave, porque o capital sequestrou a democracia
formal por meio do financiamento empresarial das campanhas
eleitorais. Só Cunha gerenciou cerca de 100 milhões em recursos
para cerca de 300 candidaturas a deputado... A forma como são
eleitos os políticos no Brasil distorce a vontade do povo",
afirmou.
Golpe
"Na
avaliação do MST, achamos que não haverá golpe porque isso não
interessa aos empresários. Eles querem ganhar dinheiro e para isso
precisam de estabilidade. Mas se houver golpe, temos que fazer uma
greve geral, ir para a luta social. Nós acreditamos que há um clima
propício para estimular a mobilização de massa para avançar,
pressionar o governo e fazer a disputa".