E a guerra contra insurgente continua
Por
Alberto Pinzón sánchez
Em
sua última comunicação [11.8.2015], intitulada “Sérias
perturbações pairam sobre a paz”, o comandante geral das Farc
Timoshenko, ademais de analisar as dificuldades que ainda
sobrecarregam a finalização do conflito social e armado colombiano,
denunciava a típica e eterna hipocrisia da classe dominante da
Colômbia, consistente em dizer uma coisa e fazer outra: “Falar a
Santander para que o entenda Bolívar”, costumavam dizer os
conjurados da imprensa bogotana em 1830, pouco antes de atentar
criminosamente contra a vida de nosso pai, o Libertador.
Timoshenko
fez, ao final de sua análise, a seguinte denúncia: [...]
“Depois da suspensão ordenada pelo Presidente Santos, nos
bombardearam em 27 de julho na vereda Huitoto, canal do Caño
Puntilla, município de Puerto Guzmán, Putumayo, e no dia 4 de
agosto na vereda Dios Peña do município de San Migual, também no
Putumayo, para não falar de uma série de provocações por terra
contra nossas unidades em diferentes regiões do país.
Diferentemente de nós, o governo descumpre uma vez mais sua palavra.
Busca o quê? Em:
http://www.pazfarc-ep.org/index.php/noticias-comunicados-documentos-farc-ep/estado-mayor-central-emc/2926-serias-perturbaciones-se-ciernen-sobre-la-paz
O
assunto, em lugar de ser esclarecido, foi tomando outra envoltura
midiática: iludir a chamada opinião pública com a muito próxima
finalização do conflito armado, enquanto se continua intensamente a
guerra contra insurgente nas diferentes regiões como Urabá,
Catatumbo ou Putumayo [onde o governo não tem influência eleitoral
e coexistem diversos grupos insurgentes] para manter a militarização
e a histeria guerreirista no Oligopólio Midiático Contra Insurgente
[OMCI] e, sobretudo, continuar dando a sensação de que “a vitória
militar se chama paz”, como repetidamente o vem dizendo o
presidente Santos.
É o
que estamos vendo: 1-Ademais do denunciado no Putumayo pelo
comandante das Farc. 2-No Urabá antioquenho e chocoano onde, depois
da estranha e ainda não explicada queda do helicóptero Black Hawk
[4.8.15], se iniciou uma grande operação contra insurgente tendo
como bandeira falsa a captura de um capo da máfia dos Urabenhos
[Uribenhos?] que, segundo a jornalista privilegiada de El Tiempo.com,
Salud Hernández Mora, não se chama Úsuga, como o identificou o
presidente Santos, senão que se trata de um antigo e conhecido
narco-paramilitar, desmobilizado durante o octênio de AUV, apelidado
“Inglaterra”. Vai alguém saber por que. (Ver nota
em http://www.eltiempo.com/politica/justicia/alias-inglaterra-clan-usuga/16248235
E 3-No
Catatumbo, onde a bandeira falsa é a morte [tampouco confirmada] de
vulgo Megateo, o chefe de um reduto do EPL, porém na realidade é a
população civil o alvo desse grande desenrolar contra insurgente,
como o denunciar o portal Verdade Aberta.com
(ver
nota em
http://www.verdadabierta.com/desde-las-regiones/5924-la-otra-victima-tras-los-operativos-contra-megateo
Assim,
pois, que a estorinha de “desescalar as ações” para não falar
da desativação do bumerangue da neo-língua fascista implementada
pelo fascismo ou nacional catolicismo colombiano, pois não passa de
ser como na época de Laureano Gómez em 1949, outra
perversa estratégia política do Poder dominante de combinar
violência oficial, terror e votações, para ganhar as eleições,
supostamente democráticas, que
se avizinham.
Por
que, em lugar de se estar inventando para cada ocasião midiática um
neologismo ou subterfúgio retórico politiqueiro de clara fatura
anglo-saxã, não se lhe diz ao povo a verdade tal qual é e em
língua castiça, que é a que falamos [uma maioria, esclareço] em
Colômbia desde há tanto tempo?
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Equipe
ANNCOL - Brasil