Pela Paz na Colômbia (Carta Aberta)
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A
situação na Colômbia é cada vez mais preocupante.
Em 2013,
as forças militares ou paramilitares mataram 30 militantes da Marcha
Patriótica e 25 da CUT.
Prisões
arbitrárias acontecem quase todos os dias: já são 9.500 presos.
O
Procurador da República, em decisões pessoais, cassou o mandato da
Senadora Piedad Córdoba e agora do prefeito de Bogotá, Gustavo
Petro, de tradição na esquerda. Suspenderam seus direitos políticos
por muitos anos.
O
governo Manuel Santos fala em paz da boca para fora. Prendeu este mês
o professor da Universidade Nacional Colombiana, Francisco Toloza,
que representava a Marcha Patriótica na América Latina e esteve
muitas vezes, de forma ampla, com todos os setores de esquerda no
Brasil. Na acusação, acredite, citam-se seus encontros com Adolfo
Perez Esquivel (Nobel da Paz), “Pepe” Mujica (Presidente do
Uruguai) e o intelectual argentino Atilio Borón.
Não
aceitam um cessar-fogo. Os diálogos de paz em Havana estão
ameaçados. Sua frustração significará, como de outras vezes na
história colombiana, extermínio e repressão brutal contra os
partidos de esquerda e os movimentos sociais.
A paz na
Colômbia não é um problema dos colombianos, mas de toda a América
Latina, de todos nós.
Aproveitando
a reunião da CELAC, em 28 e 29 deste mês, exatamente em Cuba,
está circulando uma Carta Aberta à CELAC, que pode ser vista
abaixo, já com algumas assinaturas.
Sua
assinatura valorizará a petição, que será entregue aos
Ministérios das Relações Exteriores do Brasil e de Cuba. O governo
cubano vai propor na Cúpula a consideração da América Latina e
Caribe como uma zona de paz, o que facilita o êxito da carta aberta.
A Carta Aberta é uma solidariedade também a Cuba, anfitriã e
fiadora dos diálogos entre as FARC e o governo colombiano, e que
teria um grande desgaste se não se firmar a paz, cujo êxito a
projetaria mundialmente.
Se você
concordar com a carta, favor encaminhar urgentemente sua adesão para
o e-mail casadaamericalatina@oi.com.br.
CARTA
ABERTA
CÚPULA
DA CELAC EM HAVANA: UMA OPORTUNIDADE PARA A PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL
NA COLÔMBIA!
Foi
um grande avanço para a integração da América Latina a criação
da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos),
numa histórica reunião de cúpula no México, em 2010, com a
participação de trinta e três países da região. Emblemáticas,
para os nossos povos, foram a presença de Cuba e a ausência dos
Estados Unidos, país que mancha a história do nosso continente com
o sangue de sua permanente ação imperialista.
Na
última cúpula da CELAC (janeiro de 2013, em Santiago do Chile)
acordaram os estados membros, por consenso:
“Comprometemo-nos a que o
clima de paz que prevalece na América Latina e no Caribe se assegure
e em toda nossa região se consolide em uma Zona de Paz”.
Nos
próximos dias 28 e 29 de janeiro de 2014, reunir-se-ão novamente os
representantes dos países da Comunidade, desta vez
significativamente em Havana, a Capital Mundial da Paz, que
atualmente sedia os diálogos entre o governo colombiano e as FARC,
na busca de uma solução política para o conflito colombiano.
Para
fazer valer os compromissos assumidos em Santiago do Chile,
justificar e valorizar a existência da CELAC e dar solidariedade a
Cuba, anfitriã e fiadora dos diálogos, os abaixo-assinados
reivindicam que seja incluída na pauta da Cúpula a questão da paz
na Colômbia, país que já confirmou sua presença no evento.
A
inclusão deste ponto na pauta, em verdade, é conseqüência de uma
das resoluções da Cúpula anterior, que estabelece:
“Reiteramos
o apoio ao processo de diálogo que acontece entre o Governo da
Colômbia e as FARC, destinado a por fim a um conflito interno que
por mais de 50 anos afetou o desenvolvimento político, social e
econômico dessa nação amiga e fazemos votos para o êxito da
iniciativa que conduza a alcançar um acordo para o bem do povo
colombiano”.
Convencidos
de que nosso apelo à inclusão deste tema na pauta do evento será
ouvido, tomamos a liberdade de apresentar as seguintes propostas para
apreciação da Cúpula:
- conclamar as
partes a estabelecerem um cessar-fogo bilateral, sob a supervisão da
CELAC;
- constituir
uma representação da CELAC para acompanhar e facilitar os diálogos
de Havana e, no caso de os entendimentos resultarem em acordo,
observar a implantação e o fiel cumprimento de seus termos;
- estabelecer
um procedimento de libertação dos presos e reféns políticos em
consequência dos conflitos.
Brasil,
janeiro de 2014
Anita
Prestes – professora
Achille
Lolo – jornalista
Aldimar de
Assis – Presidente do Sindicato de Advogados de São Paulo
Anibal
Valença - médico
Antonio
Carlos Mazzeo - professor
Beto
Almeida - jornalista
Bolivar
Meielles – Coronel do Exército reformado
Caio
Rodrigues – engenheiro agrônomo
Cid
Benjamin – jornalista
Cristina
Konder – jornalista
Débora
Maria – Coordenadora das Mães de Maio
Dinarco
Reis Filho – Presidente da Fundação Dinarco Reis
Edmilson
Costa – economista e professor
Eduardo
Gonçalves Serra - professor
Emiliano
José – jornalista e escritor
Felipe
Diniz – editor de odiario.info
(Portugal)
Francisco
Soriano – Diretor do Sindipetro (RJ)
Francisco
Massiguia - engenheiro
Frank
Svensson – arquiteto
Gilberto
Maringoni – professor
Gilda
Arantes - historiadora
Ildo Luis
Sauer – professor e engenheiro
Ivan
Pinheiro – Secretário Geral do PCB
Ivana
Jinkings – editora
João Luiz
Duboc Pinaud – jurista, Presidente da Casa da América Latina
Jorge
Figueiredo – editor de resistir.info
(Portugal)
José Paulo
Gascão – editor de odiario.info
(Portugal)
Katia da
Matta – professora, diretora da Casa da América Latina
Leandro
Konder – filósofo, escritor e professor
Lenin
Novaes – jornalista, Conselheiro da Associação Brasileira de
Imprensa
Lincoln
Penna – professor
Luis
Fernandes – União da Juventude Comunista
Luiz
Rodolfo Viveiros de Castro – Conselheiro da Casa da América Latina
Marcelo
Chalreo – Presidente da Comissão Direitos Humanos do Colégio de
Abogados do RJ
Marcos Del
Roio - professor
Maria
Aparecida Skorupski – professora
Maristela
R. dos Santos Pinheiro – Comitê de Solidariedade à Palestina (RJ)
Mauro Iasi
– professor
Mercedes
Lima – Coletivo Ana Montenegro
Michael
Lowy – pesquisador emérito do Centre National de La Recherche
Scientifique
Miguel
Urbano Rodrigues – jornalista e escritor
Milton
Pinheiro – professor
Muniz
Ferreira – Coletivo Minervino de Oliveira
Otto
Filgueiras – jornalista
Paulo
Eduardo Arantes - professor
Paulo
Metri - engenheiro, Conselheiro do Clube de Engenharia
Raymundo de
Oliveira – professor e diretor da Casa da América Latina
Ricardo
Costa – professor
Ricardo
Gebrim – Consulta Popular
Ricardo
Gebrim – Presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo
Sergio
Romagnolo – artista plástico
Sidney
Moura – Unidade Classista
Sofia
Manzano – professora
Rui
Namorado Rosa – professor e escritor (Portugal)
Sabino
Barroso - arquiteto
Valmíria
Guida – diretora da Casa da América Latina
Virginia
Fontes - professora
Zuleide
Faria de Mello – professora, Presidente do Instituto Cultural José
Marti