"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Se consolida a Frente Ampla pela Paz


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Mobilização e eleições, catalisadores políticos do ano. Se consolida a Frente Ampla pela Paz.




A construção da frente ampla pela paz, a defesa do processo de conversações entre as FARC e o governo nacional em La Habana, a abertura de uma mesa de diálogo com o ELN e a continuidade das mobilizações sociais fruto do descontentamento dos colombianos são as tarefas que despontam no ano de 2014.




As campanhas eleitorais que se avizinham serão um pulso decisivo para o futuro imediato do país: a guerra ou a paz. De uma parte, a direita nacional, representada no Uribe Centro Democrático, pretende resgatar o esgotado discurso de terra arrasada contra a insurgência e retornar à Casa de Nariño. O boicote ao processo de paz em La Habana é sua carta marcada, dispostos a utilizá-la a qualquer preço.




Do outro lado, as forças sociais em procura de transformações estruturais no econômico e social, acabar com meio século de conflito armado e abrir o caminho para a paz pelo bem-estar das pessoas do povo. A mobilização social e a unidade parecem ser o caminho escolhido.




Em março próximo será a primeira das campanhas eleitorais. Se escolherá um Congresso com a responsabilidade de acompanhar os eventuais acordos de La Habana e propiciar a maneira de ratificá-los: Assembleia Nacional Constituinte, a via mais efetiva.




Uma convergência diversificada de partidos políticos, liderados pela União Patriótica e a Aliança Verde, conformou um acordo político para apresentar uma lista unitária de aspirantes ao Senado. É denominada a Lista pela Paz, e como bancada está disposta a defender o processo de paz e fazer efetivos os primeiros passos da frente ampla mais além da conjuntura eleitoral. Carlos Lozano é o representante da União Patriótica na lista com o número 38.




Resgatar o Congresso




Em sua costumeira saudação de fim de ano, Carlos Lozano ressaltou a importância da unidade da esquerda e o interesse para ocupar as cadeiras do parlamento: “Há que resgatar o Congresso da República para a política decente, a que antepõe o interesse público ao privado, distanciada da corrupção e dos privilégios. É possível com a alternativa que oferecem a esquerda e os setores democráticos”.




Do ponto de vista do Partido Comunista Colombiano [PCC], exposto em carta política emitida desde sua direção, a unidade na conjuntura eleitoral que se avizinha é imperativa para defender o processo de paz e os acordos da mesa de La Habana. “Se trata de um acordo político, não só eleitoral. Reafirma a importância do tema da paz, a vinculação da paz com as mudanças democráticas e as reformas indispensáveis para alcançá-la e consolidá-la. Assinala a transcendência de uma frente ampla para construir um governo alternativo”, diz a carta.




O secretário-geral do PCC, Jaime Caycedo, afirmou que a construção de uma lista unitária não é uma concessão nem muito menos a entrega dos princípios ou de necessidades eleitorais: “É a única maneira como a antidemocrática legislação eleitoral, que lutamos por modificar e mudar, permite agrupar e unir forças minoritárias”. O acordo político favorece a aproximação da esquerda colombiana. O Progressismo, a esquerda da Aliança Verde e dos independentes coincidem em torno da paz e da democracia e das mudanças de modelo econômico, segundo descreveram suas principais figuras.




O acordo convida a lançar de maneira autônoma listas à Câmara de Representantes. A União Patriótica [UP] retoma sua participação eleitoral após ser-lhe devolvida sua personalidade jurídica e apresentou 19 listas estaduais nas quais se destaca Arauca por sua composição unitária. Em Arauca compartilham lista o PCC, Polo Democrático Alternativo, Aliança Social Independente [ASI], todos inscritos com o aval da coletividade.
Ademais, os upeístas apresentaram lista de residentes no exterior e uma candidatura ao Parlamento Andino. Neste último caso, rompendo um acordo tácito da direita contra a participação cidadã e a eleição direta para essa corporação. A decisão resulta consequente com seu programa em procura da integração latino-americana que a UP prega em seu último Congresso e do qual aspira que o Parlamento Andino tenha dentes para fazer efetiva a integração.




Candidatura a presidência

“A candidatura de Aída Avella pela União Patriótica não é negociável”, disseram a VOZ conhecedores do acordo político entre a UP e a Aliança Verde. Isso está ratificado com a agenda de visitas nacionais de Avella junto ao candidato ao Senado e os aspirantes upeístas ao Congresso. O giro nacional terá vários objetivos: socializar o ideário da União Patriótica, recuperar o número de cadeiras arrebatadas à coletividade pela violência oficial e seguir construindo pontes de unidade com todas as forças democráticas do país.




A luta pela paz com justiça social, por um governo democrático e pluralista, contra a corrupção e a violência do regime, por uma Assembleia Nacional Constituinte, pelo respeito à soberania popular são marcos de nossa plataforma. A reforma agrária, as zonas de reserva campesina e os territórios interétnicos, a luta pela moradia popular digna, o emprego e a formação para os jovens, a intervenção decisiva do Estado na desprivatização da saúde, da educação e dos serviços públicos, o controle social e cidadão contra a corrupção e o clientelismo são bandeiras a levantar com suas propostas concretas”, reiterou a direção executiva do PCC.




Tradução: Joaquim Lisboa Neto