"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 15 de março de 2014

Bachelet diz, em 1º discurso após posse, que quer “construir novo pacto social”


Nova presidente do Chile, que tomou posse nesta terça-feira, também defendeu educação gratuita e citou experiência pessoal


Sobre a reforma educacional (que, das três prometidas por ela durante a campanha, é a que mais gera expectativas, pela pressão do movimento estudantil), Bachelet citou a própria experiência pessoal.


A nova presidente do Chile, Michelle Bachelet, fez no final da tarde desta terça-feira (11/03) o primeiro discurso após tomar posse após reassumir o cargo e afirmou que pretende "construir um novo pacto social, que resulte em uma cidadania muito mais empoderada".


"Sou uma filha da educação gratuita, e vejo com alegria que uma nova geração de jovens chilenos lutem com tanta força pelo retorno desse modelo. Chegou a hora de o Estado escutar os anseios da cidadania", afirmou.


Ao finalizar o discurso, Bachelet se referiu às marchas estudantis, em uma referência às especulações da imprensa chilena, sobre como reagiria o novo governo caso tenha que enfrentar mobilizações sociais como as que enfrentou o ex-presidente Sebastián Piñera durante seu mandato. "A cidadania tem direito de se expressar nas ruas, onde também se faz política. É hora de que os sonhos marchem".


O discurso da nova presidente durou cerca de 15 minutos e foi visto pelas cerca de 5 mil pessoas que se concentravam em frente ao Palácio de la Moneda, sede do governo chileno.


Bachelet tomou posse durante a manhã desta terça. O momento mais emotivo da cerimônia foi a entrega da faixa, feita pela nova presidente do Senado, Isabel Allende, filha do presidente deposto no golpe de 1973, Salvador Allende.


Horas antes, quando assumiu a liderança do Senado, Isabel lembrou do  pai, que também ocupou o cargo, entre 1967 e 1969: “tenho certeza que se ele pudesse estar aqui, estaria muito orgulhoso, e representar seu legado nesta casa é o maior orgulho da minha carreira política”.


Vários líderes latino-americanos participaram da posse. O uruguaio Pepe Mujica chegou ao Salão de Honra do Congresso sem gravata e de óculos escuros. Além de ser o mais aplaudido, Mujica também foi abordado por deputados e senadores chilenos, alguns dos quais pediram fotos com o ex-tupamaro – como foi o caso de ex-dirigente estudantil e agora deputado Gabriel Boric.


Estiveram presentes também as presidentes da Argentina (Cristina Kirchner), do Brasil (Dilma Rousseff) e os mandatários de Colômbia (Juan Manuel Santos), Equador (Rafael Correa) e Peru (Evo Morales). O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desmarcou a participação na cerimônia e não viajou ao Chile.


Do lado de fora do Congresso, um pequeno público de cerca de três mil pessoas (formado em sua maioria por militantes comunistas e do movimento estudantil chileno) recebeu os mandatários com gritos de apoio ou vaias, dependendo de quem se tratava.


O principal alvo de críticas do público do lado de fora, tanto na chegada quanto na sua saída, foi o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a quem os jovens presentes gritavam: “Maduro, Maduro, nos ianques você tem que dar duro” (“Maduro, Maduro, a los yanquis hay que darles duro”).