Debate. A unidade se fortalece
Por
Carlos Arturo García
Coordenação
Nacional de Organizações e Movimentos Sociais e Políticos, e com a
participação de delegados das organizações populares, sindicais,
campesinas, indígenas, estudantis, de mulheres, plataformas
nacionais, defensores de direitos humanos e setores políticos de
esquerda, se realizou no dia 20 de fevereiro de 2014 o II Encontro
Nacional de Unidade Popular, caracterizado por um ambiente unitário
e fraterno sob a palavra de ordem “Mobilização e unidade popular
por democracia e paz com justiça social”.
O
objetivo fundamental é o de avançar na dinâmica do fortalecimento
da unidade do movimento social e popular colombiano a partir da
leitura do momento político, da configuração de uma agenda
unitária, da definição de cenários de mobilização com a
concretização da ação unitária de massas, e a definição do
caráter e funcionamento da Coordenação de Organizações e
Movimentos Sociais e Políticos.
Os
delegados das diversas organizações sociais e populares coincidem
em assinalar que a permanente e sistemática violação de direitos
humanos representada nas montagens judiciais e posteriores detenções
arbitrárias, a acusação, a estigmatização, as ameaças de morte
através de panfletos, o deslocamento forçado e o assassinato de
dirigentes sociais e populares, somado aos recentes fatos de
perseguição contra a Marcha Patriótica, as ameaças a dirigentes e
candidatos da União Patriótica e o fustigamento a dirigentes
sindicais e agrários, reclamam a concessão de plenas garantias para
o livre exercício da participação do movimento popular e da
oposição política; ao mesmo tempo, se reclama a liberdade imediata
de centenas de detidos políticos nos cárceres do país.
Uma
das principais avaliações expressadas pelos assistentes foi a
necessidade de avançar na busca da solução política ao conflito
social e armado na perspectiva da paz com justiça social a partir da
superação das causas estruturais que deram origem ao conflito e que
estão correspondidas com as transformações políticas, sociais e
econômicas em função da avaliação e do reconhecimento das
propostas que as diversas iniciativas trabalham como confluência e
ação do conjunto do movimento social e popular na conquista deste
direito; ao igual que o respectivo apoio e respaldo ao processo de
diálogos da Mesa de Havana entre o Governo Nacional e as FARC-EP e a
exigência do início de conversações com o ELN e o EPL.
A
Assembleia Nacional Constituinte ocupou um lugar destacado na unidade
dos processos sociais. Inclusive avançar na visibilidade e
posicionamento das tarefas e ações derivadas da Rota Social Comum
para a Paz.
O
conjunto de organizações participantes coincidem em dar passos
significativos em torno da urgente necessidade da unidade do
movimento social e popular e dos processos políticos da esquerda e
setores democráticos; esforços que se consolidarão com a
realização da Cúpula Nacional Agrária, Campesina, Ética e
Popular, orientada à construção coletiva de um rol unitário do
setor agrário.
Nesse
sentido, se assinala que a aprovação da agenda legislativa como
expressão das políticas anti operárias e antipopulares do Governo
de Juan Manuel Santos incrementaram os índices de desemprego,
pobreza e desigualdade e, de passagem, geraram uma resposta
contundente a partir de novos cenários do conflito social e da luta
organizada do povo colombiano através da realização de grandes
jornadas de mobilização e protesto no segundo semestre de 2013.
Tradução:
Joaquim
Lisboa Neto