"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 9 de março de 2014

Finalizou o ciclo 21 e com ele a entrega de propostas sobre o ponto três


Ao finalizar o ciclo 21 de conversações entre o governo colombiano e as FARC-Exército do Povo, a Delegação de Paz guerrilheira apresentou novas propostas referidas ao ponto “Solução ao problema das drogas ilícitas”, terceiro na Agenda Geral.

O delegado de Paz das FARC, comandante Sergio Marín, fez a leitura das cinco propostas mínimas para uma “Política antidrogas centrada na perseguição aos capitais envolvidos no processo econômico do narcotráfico”.


Nesta nova entrega, as FARC propõem como primeiro ponto a conformação de uma Comissão especializada que estabeleça a verdade sobre a empresa capitalista transnacional do narcotráfico, a qual deverá ser integrada por acadêmicos e pesquisadores expertos nacionais e internacionais a fim de desmantelar os elos fortes deste obscuro mercado, “seu nível de penetração no Estado e nas suas instituições, assim como seus impactos macroeconômicos e sobre as finanças públicas”.


Os seguintes quatro pontos se referem à identificação, perseguição e expropriação dos capitais do narcotráfico, os controles estatais às empresas produtoras ou importadoras de insumos requeridos para a produção de drogas ilícitas, do controle do Estado aos fluxos de capital, das regulações financeiras e auditorias especiais e de uma nova institucionalidade democrática da política antidrogas. Ler proposta


No mesmo cenário, o comandante Fidel Rondón, também delegado de Paz das FARC-EP, parte do último grupo incorporado à delegação, se dirigiu pela primeira vez aos meios de comunicação apresentando as últimas três propostas mínimas sobre a “Responsabilidade dos Estados do capitalismo central, compromissos regionais e requerimentos para a implementação de uma política antidrogas de caráter global”.


Estas três propostas fazem referência ao “compromisso que os Estados consumidores devem assumir na redução da demanda no mercado, enfocando a problemática como um assunto de saúde pública e com enfoque de direitos humanos”.


Do mesmo modo, assinalam que “uma política antidrogas deve promover a integração sub-regional, baseando-se na soberania, na autodeterminação, na participação democrática, nos direitos humanos e na atenção dos elos mais frágeis da economia das drogas ilícitas”.


Finalmente, propõem uma “Reforma substancial ao sistema internacional de controle de drogas das Nações Unidas”, começando “pela realização de uma Conferência Internacional sobre produção e tráfico de drogas ilícitas” a fim de “avançar na identificação de responsabilidades do capitalismo globalizado frente à empresa criminal transnacional do narcotráfico, propiciar a não estigmatização de países considerados produtores”.  Ler proposta


Assim terminam as FARC-EP a entrega de propostas que sobre o problemas das drogas de uso ilícito e narcotráfico vieram se discutindo ao longo dos últimos 4 ciclos.


Às 08:45 da manhã se ofereceu a rodada de imprensa de encerramento do ciclo 21, onde o chefe da delegação insurgente, através dos meios de comunicação convocados, se dirigiu ao país e ao mundo entregando uma síntese das 50 propostas nas quais as FARC-EP expõem suas iniciativas para contribuir na resolução, desde uma perspectiva humana, do problema das drogas de uso ilícito na Colômbia. Ler documento da rodada de imprensa


Neste final de ciclo não houve comunicado conjunto. A manhã transcorreu em reuniões de comissões de trabalho de ambas delegações e destas com representantes dos países garantidores e acompanhantes, que, como sempre, se apresentam no fim de ciclo.