Unasul irá se reunir no Chile para tratar crise na Venezuela
A situação política na na
Venezuela será tratada pelos chefes de Estado e chanceleres da
Unasul (União de Nações Sul-Americanas) nesta quarta-feira
(12/03), em Santiago, adiantou o presidente do Equador, Rafael
Correa. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, também confirmou a
realização do encontro, que irá aproveitar a cerimônia de posse
de Michelle Bachelet. A presidente Dilma Rousseff está confirmada.
"Finalmente vai acontecer uma reunião de presidentes da Unasul, finalmente vai acontecer uma reunião de chanceleres da Unasul, mas para termos essa iniciativa, primeiro consultamos o governo venezuelanos por elementar cortesia", disse Correa em entrevista a uma emissora de TV. O encontro havia sido solicitado pela Venezuela, conforme confirmou o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, em Caracas.
O presidente equatoriano não
forneceu mais detalhes, mas garantiu que seu governo vai contribuir
para buscar uma solução na Venezuela com base na verdade dos fatos.
"Nós vamos tomar partido sobre a verdade e a verdade é que o
governo legítimo da Venezuela é o perseguido, que Nicolás Maduro é
humanista e que jamais vai ser capaz de reprimir seu próprio povo, e
que tentam desestabilizá-lo", acrescentou.
Jaua afirmou em entrevista à Telesur
que no encontro serão feitas "a análise, as causas e
consequências dessa nova agressão contra a democracia venezuelana".
O chanceler venezuelano apostou que "com certeza sairá uma
declaração". Ontem, países da Alba (Aliança Bolivariana para
as Américas) e da Caricom (Comunidade do Caribe) conseguiram evitar
a convocação de chanceleres da OEA (Organização dos Estados
Americanos) e o envio de uma missão para discutir a crise
venezuelana, duas
sugestões repudiadas por Maduro.
"Estamos dispostos a trabalhar
conjuntamente com a Unasul num maior aprofundamento do diálogo entre
os venezuelanos, a partir dos venezuelanos, para conseguir a
estabilidade política e definitivamente erradicar a ameaça que
significam esses grupos violentos, que de tempo em tempo, arremetem
contra a institucionalidade democrática da Venezuela e contra os
valores democráticos da região sul-americana", disse.