“Estados Unidos quer fazer do narcotráfico um mecanismo de intervenção”
[TeleSur]
Durante a apresentação de ganhos obtidos pela Venezuela em matéria de segurança e luta contra o narco-tráfico, o ministro Pedro Carreño ressaltou “o avanço importante” nas batalhas contra narco-traficantes mundiais, se os EUA “usassem seu enorme poderio militar” para evitar que a droga entre em territorio estadunidense, em vez de “manter tropas espalhadas pelo mundo” em clara alusão à ocupação que o governo Bush mantém no Iraque.
O ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Pedro Carreño assegurou esta segunda que o USA utiliza a luta anti-drogas nos países latino-americanos como um “mecanismo de intervenção”, enquanto incita o governo Bush a utilizar seu “enorme poder” para evitar o ingresso de drogas no país norte-americano.
“Pela lei de mercado, se não há procura a demanda abaixa, e é óbvio que se a demanda abaixa a produção reducirá, e isso se cumplirá sem disparar nenhum cartucho e sem matar gente nem provocar despejos”, assegurou o funcionário sul-americano.
Durante sua intervenção, Carrño explicou que a pretensão de Washington em instalar oficinas do DEA (Departamento de Narcóticos dos EUA) em países latino-americanos, sobrevoá-los e colocar radares, não é uma forma de lutar contra o tráfico de entorpecentes, e sim uma forma de intervir em seus assuntos internos.
“Os Estados Unidos querem fazer do narco-tráfico um mecanismo de intervenção, e com a desculpa de lutar contra ele, implementa bases, radares e outras formas de controle (…) Estados Unidos deveria proteger suas fronteiras e impedir o ingresso da droga em seu territorio, usando as modernas aeronaves e barcos que possui, ao invés de, por ejemplo, continuar ensangrentando e atentando contra a vida e a paz dos colombianos” disse o ministro ao se referir ao Plano Colombia.
Assim mesmo, declarou que a intenção do DEA é colaborar com a Venezuela na luta contra o narco-tráfico, “deveria entregar os dados que tem sobre os traficantes que operam no país, para que onzas forças de segurança os neutralizem”.
Em 2005, o presidente venezuelano Hugo Chávez suspendeu o convênio com o DEA, depois de acusar seus agentes de estarem envolvimos em planos de inteligencia que colocavam em risco a segurança e defesa do país latino-americano.
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