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Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 13 de maio de 2007

O homem de Washington na região

Em meio ao escândalo da “parapolítica” que envolveu diversos líderes políticos na Colômbia, o presidente colombiano pedirá o apoio dos Estados Unidos. Mais TLC, Plano Colômbia. A “para-política” na Colômbia causou muitos problemas no país sul-americano e nos corredores do Legislativo estadunidense, tanto que o Congresso suspendeu temporariamente parte da ajuda militar dos Estados Unidos ainda pendente do ano fiscal 2006. Por APM.

Narco-para-motoserradores


[Por la Redacción de APM]

A “para-política” na Colômbia causou muitos problemas no país sul-americano e nos corredores do Legislativo estadunidense, tanto que o Congresso suspendeu temporariamente parta da ajuda militar dos Estados Unidos ainda pendente do ano fiscal 2006. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe viajará a esse país em busca do apoio de George W. Bush.

Segundo informaram fontes diplomáticas o presidente colombiano realizará uma visita a Washington na próxima semana em busca de apoio na segunda fase do Plano Colômbia e a aprovação de um Tratado de Livre Comércio (TLC) com Estados Unidos.

A chegada de Uribe à capital estadunidense será na noite de quarta e entre o 2 e 4 de maio, tem previsto reuniões com funcionários de alta patente do Governo do país do norte e com líderes do Congresso.

Por sua vez, Uribe se entrevistará com Bush, a quem notificara os resultados de seu governo no que se chama a “luta contra o narco-tráfico” e sobre a situação dos grupos armados existentes no país sul-americano.

Cabe destacar que a imagem política de Uribe pelos escândalos da “parapolítica” repercutiram na arena internacional, e sua volta à Washington se dá poucos dias depois de sofrer o desplante do ex-vice-presidente democrata Al Gore, que segunda passada se negou a dividir o cenário com ele em um fórum ecológico.

Por sua vez, o ex-presidente colombiano, Andrés Pastrana denunciou como clandestina uma reunião em 2001 em que dezenas de políticos assinaram um pacto com os esquadrões paramilitares que estabelecia a “refundação” do Estado.

Pastrana disse na saída da Corte Suprema de Justiça que seu governo (1998-2002) não autorizou reuniões de congressistas com as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).

Nessa situação, Uribe –principal aliado de Washington na região- buscará obter a permissão de Bush para assim continuar com suas políticas tanto econômicas como militares.

Em declarações à imprensa, a embaixadora da Colômbia nos Estados Unidos, Carolina Barco ressaltou a importância do avanço nas conversações com integrantes do congresso estadunidense para conseguir avançar em temas como a aprovação do TLC e apoios como o Plano Colômbia.

Barco especificou que o disparate do ex-vice presidente Al Gore não é uma posição oficial do Departamento de Estado e manifestou que tratará de persuadi-lo para proporcionar-lhe uma melhor informação que possa evitar esse tipo de inconvenientes.

De repente, congressistas e funcionários estadunidenses manifestaram ontem sua preocupação pelo escândalo da “parapolítica”, mas consideraram necessário continuar com a ajuda à Colômbia dizendo que não existem provas de vínculos entre o governo de Álvaro Uribe e esses grupos de extrema direita.

Diante disso, para demonstrar o apoio de Washington ao seu principal aliado, Charles Shapiro, da oficina para as Américas do Departamento de Estado, reiterou a postura do governo de Bush, que declara ser do interesse dos Estados Unidos ajudar a Colômbia, principal destinatário de ajuda estadunidense na América Latina.

Por sua vez, Anne Patterson, secretária de Estado adjunta para Assuntos de Narcóticos e ex-embaixadora estadunidense na Colômbia, disse que o Plano Colômbia, pelo qual os Estados Unidos envia assistência financeira para combater os grupos armados ilegais e o narcotráfico no país sul-americano, “contribuiu para o êxito do governo” colombiano mais do que ela esperava.

O governo estadunidense defendeu a atitude de Bogotá no escândalo da ‘parapolítica’, declarando que Uribe luta para que se conheça a verdade nesse caso.

Enquanto o Congresso estadunidense debate a extensão da ajuda ao seu principal aliado regional e a aprovação do TLC que Bogotá e Washington negociaram no ano passado. Semana passada o senador Patrick Leahy resolveu colocar em retenção 55,2 milhões de dólares liberados pelo Departamento de Estado para as Forças Armadas colombianas, diante de preocupações “sobre direitos humanos” no país.

Nota-se que, para a política externa Estadunidense –seja de administração Democrata ou Republicana –Colômbia e o Plano Colômbia, mesmo com o terrível escândalo da “parapolítica” –com vários funcionários uribistas presos ou julgados –é um fatos estratégico para conseguir a militarização da América do Sul.

Nesse sentido, é previsível que quando na semana que vem Bush e Uribe se reunirem, o chefe da Casa Branca lhe outorgue novamente seu apoio ao sul-americano.

* Agencia de Prensa Mercosur

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