A ira do Ubérrimo **
Uribe tem dito ao mundo que graças a sua “Segurança Democrática” hoje se pode dormir com as portas abertas, enquanto ele governa escondido dos quartéis, como fez de Cali, e que derrotou a guerrilha que, segundo eles, colocou uma bomba no Cantão Norte, coração militar dessa máfia, destruiu a sede delinquencial da polícia em Cali e pela segunda vez deixou mais de 70% do país sem energia elétrica, à parte dos combates travados diariamente e que são ocultados pelos meios de desinformação.
Uribe Vélez em viagem de mentiras por Washington!
[Miguel Suárez *]
O debate sobre o paramilitarismo em Antioquia, durante o tempo em que Álvaro Uribe governou esse estado, tocou as raízes do atual paramiliatrismo e os nervos do patrão, o Ubérrimo, Álvaro Uribe Vélez, que em um ataque de ira, alegando os “superiores interesses da nação” chamou uma coletiva de imprensa onde expressou o seu ódio, ato seguido deflagrou uma feroz perseguição à oposição desarmada.
Como conseqüência dos contínuos desmandos da oligarquia colombiana, que com Álvaro Uribe como porta-estandarte pretenderam enganar o mundo pintando uma Colômbia que não existe, onde o presidente dessa oligarquia, aliado com a máfia, pretende fazer crer a tírios e troianos que a situação melhorou na Colômbia, alegando mil falsidades, seu desprestígio tem crescido aceleradamente, e crescerá como uma bola de neve em sua viagem ao despenhadeiro.
Uribe tem dito ao mundo que graças a sua “Segurança Democrática” hoje se pode dormir com as portas abertas, enquanto ele governa escondido dos quartéis, como fez de Cali, e que derrotou a guerrilha que, segundo eles, colocou uma bomba no Cantão Norte, coração militar dessa máfia, destruiu a sede delinquencial da polícia em Cali e pela segunda vez deixou mais de 70% do país sem energia elétrica, à parte dos combates travados diariamente e que são ocultados pelos meios de desinformação.
Com mentiras como que já quase não são assassinados jornalistas, pretendem mostrar uma democracia que não existe, quando a realidade é que o povo tem aprendido e agora ante qualquer sinal de ameaça estes ou se escondem, vão para a guerrilha ou saem do país, se esquivando assim da morte.
Em Antioquia, nos anos de governo Álvaro Uribe, militares e paramiliatares jogaram futebol com a cabeça de um colombiano que foi decepada minutos antes em frente à toda a comunidade.
Em Antioquia, nos anos do governo de Álvaro Uribe Vélez, os paramilitares decapitaram um menino e a jogaram a cabeça na prefeitura do povoado. Também esquartejaram camponeses nas terras de Ubérrimo.
Em Antioquia, nos anos de governo de Álvaro Uribe, militares, paramiliatares e multinacionais, assassinaram centenas de sindicalistas e dirigentes populares.
Álvaro Uribe, não é o primeiro e provavelmente será o último assassino a chegar à presidência da Colômbia dos bandidos. A história da violência da oligarquia colombiana contra o povo, nos conta que outro representante dessa oligarquia assassina, o general Francisco de Paula Santander, quem assumiu a presidência da Colômbia em 1832, em setembro de 1828 dirigiu a tentativa de assassinato ao General dos Generais, Simón Bolívar.
Também nos conta a história que José Maria Obando, fiel representante dessa rançosa oligarquia, foi eleito presidente com o apoio das “Sociedades Democráticas dos Artesãos” em 1853, foi o autor intelectual do assassinato do general patriota Francisco José de Sucre ocorrido em 04 de junho de 1830.
As fotos de ambos os delinquentes, presidentes dessa oligarquia assassina, cobrem as paredes do chamado Palácio de Nariño, de onde faz o mesmo que eles, Álvaro Uribe.
Hoje no país há duas colombias, a deles, os delinqüentes que cortam cabeças e a do povo que horrorizado vê cortarem a cabeça de sua gente se organiza e luta.
Essa mafia alega que os culpados dos males do país, são quem denuncia a nível nacional e internacional o que aqui ocorre. Segundo eles os culpados são os assassinados e não os assassinos protegidos por Uribe e seu séqüito.
Não, não são os culpados do desprestígio da Colômbia, da Colômbia deles, os que contam as barbáries dos que mal governam. Os culpados são eles, que mal governam e que mandam assassinar colombianos.
Uribe e seu entorno mafioso, pretendem imputar a culpa dos fatos aos mensageiros or contar ao mundo o que eles vem fazendo há mais de cem anos contra o povo colombiano.
Não são culpados os do Polo, nem os Comunistas, como tão pouco são culpados os exilados da Associação Jaime Pardo Leal, que contam e denunciam, os culpados são eles, sua intolerância e sua violência que gerou uma matança de cerca de 200mil colombianos, depois de 1950, com o agravante de que os maiores assassinos são premiados com medalhas de Boyacá e até os nomeiam presidentes. Francisco de Paula Santander, José María Obando, Álvaro Uribe Vélez e o senador uribista Álvaro Garcia que, enquanto aprovava leis, ordenava os massacres, são exemplos claros dessa estirpe.
Para dissimular sua espinhosa situação, Uribe ataca com soberba e trata a todos os seus opositores como “guerrilheiros” e outras vezes põe a cara de inocente pombinha tratando de cativar incautos.
Quando dava um coletiva de imprensa com a senhora Michelle Bachelet, presidenta do Chile, foi notório o susto dela quando Uribe, encolerizado agredia um jornalista. O mesmo caso se deu em Miami ao terminar sua série de mentiras se despediu sorridente e com voz de anjinho.
Sem importar-le o protesto internacional, estimulado pelo respaldo de seu “amigo” Bush, Uribe furibundo, iniciou outra caça às bruxas, em vingança pelas denúncias de sua vinculação e a de sua família com o narcotráfico.
A caça às bruxas foi antecedida pela informação de que o governo da “Segurança Democrática” investiga a oposição. Segundo um deslize, o irado presidente dos narcotraficantes, Álvaro Uribe Vélez, em uma coletiva de imprensa deixou entrever que o governo da “Segurança Democrática” investiga a oposição desarmada, buscando criminalizar-los.
Diante de uma pregunta do jornalista Darío Fernando Patiño, do canal Caracol, Uribe disse: “Eu tenho provas, que não vou revelar, são da inteligência militar e policial, de algumas pessoas que forma aos EEUU”.
Ante essas declarações o Partido Liberal pediu para investigar a espionagem à oposição e ao presidente do Pólo Democrático Alternativo, Carlos Gavíria disse que “Está em marcha uma caça as bruxas contra o Pólo”.
Alguns dias depois, sob ridículos pretextos, uma Fiscal ao serviço do terrorismo de estado, autorizou a invasão do escritório do senador Gustavo Petro no Congresso, onde se encontram os arquivos do recente debate sobre a “parapolítica” em Antioquia. A invasão e a tentativa de roubo dos documentos foi frustrada pela rápida denuncia do fato.
O parlamentar denunciou um aumento das ameaças de morte contra o seu irmão e sua mãe após o debate sobre o Para-Uribismo
O senador Gustavo Petro assegurou (070423) que um coronel aposentado do exército, contratador do governo e de uma empresa carbonífera, contratou em janeiro um grupo de matadores para assassiná-lo.
Também está ameaçada a Senadora Liberal Piedad Córdoba, a quem a “segurança democrática” desapareceu com uma filha, assim como o Partido Comunista Colombiano, que teve assassinados uns 200 de seus militantes durante o desgoverno de Álvaro Uribe Vélez, denunciou que na tarde de 24 de abril um motociclista anônimo contou-lhes da intenção de explodir a edificação sede desse partido em Bogotá.
Como antecedentes os comunistas citaram as distintas expressões de Álvaro Uribe em relação à União Patriótica, as recentes manifestações contrárias do senador Wilson Borja e do Diretor do Semanário VOZ, Carlos Lozano.
O que ocasionou a ira do ubérrimo, e segundo ele, lesionou os “interesses superiores da pátria”, foi o fato do senador Petro ter mostrado uma foto na qual seu irmãozinho, o narcoparamilitar Santiago Uribe, posava junto ao narcotraficante Fábio Ochoa É uma foto tomada em público, é certo, mas o que o mundo se pergunta é pelas amizades do presidente da oligarquia colombiana e sua família.
Álvaro Uribe Sierra, padre de Álvaro Uribe e de Santiago Uribe, também tem uma foto publica. Segundo uma foto publicada pela Revista “EL Enano” na qual Uribe Sierra, na cidade de Marizales, posava com o narcotraficante Fábio Ochoa, com quem tem ligações familiares.
Segundo o historiador Julio Cesar Garcia, o Uberrimo, Álvaro Uribe Vélez, tem vínculos familiares com os narctraficantes Ochoa Vásquez, com Pablo Escobar e com alguns dos delinquentes que passaram por seu desgoverno.
A perseguição do Ubérrimo à oposição causou o rechaço do parlamento europeu que mediante uma carta onde expressam “com assombro e grande preocupação e indignação”, pelos ataques e perseguições à oposição.
A ira do Ubérrimo chegou sua horda que só no estado de Arauca, segundo denúncia da Fundação de Direitos Humanos “Joel Sierra”, só em dez dias assassinou 13 camponeses.
A ira do Ubérrimo é a ira dessa oligarquia, que por mais de cem anos vem aplicando a violência para manter seus privilégios, Ira que antes era aplicada por terra-tenentes escravistas e pró-imperialistas e hoje é aplicada por terra-tenentes narcotraficantes e imperialistas.
A ira do Ubérrimo é a ira dos mafiosos, que escondidos em seus quartéis perseguem e assassinam colombianos.
* Diretor do Radio Café Stéreo
http://www.aipl.nu
info@aipl.nu
** O apelido do Ubérrimo é dado a Álvaro Uribe Vélez, devido ao nome de uma de suas fazendas, com cerca de 2 mil hectares e dedicada à cria de vacas, fazenda que limita com a do narcotraficante Salvatore Mancuso.