"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 14 de maio de 2007

Solidariedade com as FARC na Itália

Sobre o significado desta chamativa presença internacionalista de cores bolivarianas, um de seus protagonistas, Felix Miller, nos disse: “estamos hoje aqui para reafirmar a justeza e a legitimidade da luta da insurgência das FARC na Colômbia, contra um regime que historicamente tem destroçado qualquer possibilidade de solução política do conflito social e armado”.

“CONTRA O PARAMILITAR URIBE, VIVA A RESISTÊNCIA DAS FARC!”


[Do enviado da ANNCOL à Itália]

Este ano, na Itália, a marcha mais importante no dia dos trabalhadores teve lugar em Turim, cidade do norte da península e medalha de ouro na Resistência contra o nazi-fascismo durante a segunda guerra mundial.

Mas de 100.000 pessoas de diferentes sindicatos, forças políticas, movimentos sociais e organizações de esquerda desfilaram ao longo do centro dessa metrópole, cujas lutas operárias nas décadas passadas representam, todavia, um exemplo de combatividade e consciência dos trabalhadores.

No mar de bandeiras vermelhas e multidão de trabalhadores, estudantes, migrantes e povo em geral, destacou-se a presença de um bom grupo de ativistas solidários com a luta do povo colombiano e seu Exército, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Durante todo o desenvolvimento da manifestação, dezenas e dezenas de italianos, colombianos e latino-americanos em geral marcharam agitando muitas bandeiras com as cores colombianas, e levando uma grande faixa que dizia: “CONTRA O PARAMILITAR URIBE, VIVA A RESISTÊNCIA DAS FARC!”

Os grupos solidários na luta do povo colombiano pegaram a palavra repetidas vezes no palanque improvisado pelos movimentos sociais num caminhão, chamando milhares de pessoas, que aplaudiram calorosamente, a solidarizar-se com a resistência da insurgência colombiana e dos povos latino-americanos em geral.

Sobre o significado desta chamativa presença internacionalista de cores bolivarianas, um de seus protagonistas, Felix Millar, nos disse: “estamos hoje aqui para reafirmar a justeza e a legitimidade da luta da insurgência das FARC na Colômbia, contra um regime que historicamente tem destroçado qualquer possibilidade de solução política do conflito social e armado”.

Outra protagonista, uma jovem internacionalista italiana que levava uma imensa bandeira colombiana, assegurou que ‘cada dia mais gente na Itália sabe que o governo colombiano é fascista, tem vínculos estreitos com o paramilitarismo e o narcotráfico e é um decadente procônsul do criminoso de guerra Bush”. O contingente solidário com as lutas do povo colombiano foi acompanhado também por várias personalidades, como dirigentes sindicais e militantes anti-fascistas. Um deles, que combateu no início dos anos 40 às ordas de Mussolini e Hitler nas montanhas de Piemonte (a região cuja capital é tuim), declarou à ANCOLL que “como as FARC, também nós os rebeldes éramos chamados de ‘bandoleiros’ , ‘inimigos da pátria’ e ‘terroristas’, porém o operário, o campesinato, a dona de casa e todos os atingidos pelo fascismo sabiam que a luta guerrilheira é necessária quando os espaços democráticos estão fechados”.

Os internacionalistas amigos da luta do povo colombiano, além de tudo, repartiram milhares de volantes chamando as pessoas a rechaçarem o Plano Colômbia e o governo de Uribe Vélez por ser mafioso e anti-bolivariano, a apoiar a batalha pela permuta de prisioneiros de guerra em poder das partes e pressionar o governo italiano para que reconheça as FARC como força beligerante.

Mais uma vez, ficou demonstrado que na Europa são muitíssimos os que não engolem o conto da paramilitar Casa de Nariño, segundo a qual supostamente as FARC seriam ‘terroristas’ e na Colômbia existiria um Estado de direito.

De nada serviram nem servirão as ameaças dos prepostos de Uribe, espalhados pelo mundo mediante embaixadas e consulados colombianos. Uma vez mais ficou claro que a solidariedade internacionalista com as justas lutas do povo colombiano e de seu Exército, as FARC, é uma realidade e continua crescendo.

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