"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 17 de maio de 2007

Uribe arrastando-se diante do amo

A viagem de Álvaro Uribe a Washington obedece simplesmente ao desespero dessa oligarquia em melhorar sua imagem, diante do já inocultável desgaste dessa e de seu presidente, que está colocando em dúvida momentaneamente o apoio imperial. Escreve Miguel Suárez.


O Mafioso!


[Miguel Suárez *]

Por 17 vezes em cinco anos o presidente da oligarquia colombiana, Álvaro Uribe Vélez viajou aos Estados Unidos, dessa vez com o pretexto de despejar as dúvidas que têm surgido sobre o TLC e das milionárias “ajudas” para o Plano Colômbia.

A viagem acontecem meio ao alvoroço que o ex vice-presidente imperial, Al Gore, produziu quando se negou a participar em um fórum diante da presença de Uribe nele. O assunto prendeu a atenção da oligarquia colombiana que vê como a imagem de sua “democracia mais velha da América Latina”, é cada dia mais deteriorada e que vê como dia a dia vêm à tona mais detalhes sobre o funcionamento dessa democracia deturpada.

A viagem de Álvaro Uribe a Washington obedece simplesmente ao desespero dessa oligarquia em melhorar sua imagem, diante do já inocultável desgaste dessa e de seu presidente, que está colocando em dúvida momentaneamente o apoio imperial

Ao povo colombiano foi dito que a viagem é realizada para preservar os “interesses superiores da pátria”, ameaçados pelas denúncias do Pólo Democrático e por sua afinidade ideológica com os democratas que segundo eles, são de esquerda,mas ninguém os disse que a perda da imagem se deve aos vínculos dessa oligarquia com a máfia.

Assim querem nos empurrar goela abaixo a lenda de que os “democratas” são de esquerda e buscam proteger interesses sindicais. Não devemos esquecer que foram eles, junto com Al Gore, que desenharam o aniquilamento chamado de “Plano Colômbia” e que responde aos interesses de classe de todos eles.

Mas por trás de tudo, o que se vê é a grande dependência que essa oligarquia tem do apoio político e militar do império, apoio sem o qual não durariam um dia no poder, ambos o sabem, tanto oligarcas como o império, mas como é a oligarquia colombiana a que necessita de apoio, esta deve entregar tudo aos seus amos, tudo até a soberania nacional e sua pouca dignidade.

E a perda de soberania e independência dessa oligarquia chega a extremos escandalosos, sem precedentes na história. Nenhum presidente do mundo viajou tantas vezes aos Estados Unidos a prestar contas, viagens que eles apresentam como para pedir ajudas.

Hoje o papel de órgãos como a presidência da Colômbia, o congresso e até a justiça são apenas uma formalidade ou decorativos, já que no fundo o poder real foi levado para Washington e todas as decisões importantes se tomam nos Estados Unidos.

A justiça foi transformada ao estilo yankee, passando ao mentado sistema acusatório e hoje vemos fiscais gerais, supostamente independentes do governo, fazendo lobby a favor do chefe fascista e seus planos de entrega ao Império.

Como a justiça colombiana é apenas um nome, hoje vemos o interminável desfile de sindicalistas, defensores de direitos humanos e até honoráveis empresários, em caravana viajando aos Estados Unidos para fazer pedidos diante da justiça imperial.

Os casos maiores, os processos contra Coca-Cola, a Drummon e Chiquita. Casos que durante anos repousaram nas estantes dessa torpe justiça organizada pelos delinquentes.

Os senadores colombianos, de esquerda fazem fila diante dos senadores imperiais buscando ser esculachados e buscando deter o apoio imperial a essa máfia, com a esperança de que seus sócios imperiais os escutem e detenham os massacres, enquanto do outro lado, senadores direitistas, laranjas do narcotráfico, aprovam leis, organizam massacres, viajam com seu chefe para pedir aos senadores imperiais mais apoio político e dinheiro para continuar os massacres que estão realizando.

Os senadores imperiais, “guerrilheiros vestidos de civis”, segundo o provável adjetivo do chefe fascista, dizem apoiar ao povo enquanto colocam alguns entraves à máfia que governa a Colômbia, mostrando-se assim diferentes dos outros, que recebem seus sócios criminais, enquanto bêbados e narcotraficantes se abraçam mutuamente e se chamam líderes, e não o que realmente são: assassinos.

Nenhum presidente da república bananeira do mundo teve o “privilégio” de viajar quase quatro vezes ao anos ao Império para vulgarmente implorar pela “compreensão”, como o fez Álvaro Uribe. Isso para eles, a oligarquia, é um orgulho.

Ninguém tentou satisfazer ao amo de maneira mais absurda que Álvaro Uribe Vélez. Lembremos que em uma viagem de um senador republicano, este expressava a Uribe a preocupação que existia nos EUA sobre os trabalhadores temporários colombianos que emigram para trabalhar em fazendas, mas quando terminam seu contrato decidem não voltar ao paraíso uribista.

Diante da asseveração, o servilismo de Álvaro Uribe veio à tona e sem embargo lançou a proposta de colocar no corpo de cada colombiano que viajasse aos Estados Unidos um microchip, para que assim pudesse ser controlado as 24 horas do dia.

Álvaro Uribe Vélez é o único homem que diz ser presidente de um país e ao melhor estilo grego pretende acalmar a ira dos deuses com oferendas humanas e extraditando a esse país uns 500 colombianos, incluídos dois reconhecidos opositores políticos. Com a maior cara-dura nos apresentam essa aberração como algo de que nós nos orgulhássemos.

Nenhuma oligarquia foi tão mesquinha comoa a colombiana, que se colocou a favor do império na agressão à Coréia do Norte, se colocou a favor do Império na guerra das Malvinas e estão a favor da agressão ao Iraque, razão pela qual são chamados de “O Caim da América”.

Sua baixeza, a de Uribe e da oligarquia, chegou ao ponto de, Uribe como representante dessa oligarquia, pediu que depois do Iraque, seus amos invadissem militarmente a Colômbia. Como isso não deu certo graças à resistência do povo iraquiano, hoje viaja aos Estados Unidos para implorar que nos invadam economicamente.

Os soldados Yankees, que supostamente “lutam” contra a cocaína, quando são descobertos traficando cocaína ao império, não podem ser julgados pelo estado colombiano, devido à assinatura de acordos de subordinação, que deixam a mal-chamada justiça colombiana amarrada diante do mando deles.

Esses soldados que “lutam” contra a cocaína, violando todas as leis colombianas, fazem vídeos pornôs com jovens colombianas, os divulgam publicamente e o governo não diz nada, é tudo ocultado.

Como se estivessem no Vietnã, esses soldados imperiais, realizam operações militares contra o povo desarmado, destroem suas vivendas, torturam os camponeses, diante dos olhos do exército e da oligarquia colombiana que supostamente deve defendê-los e essa oligarquia até justifica essa violação da soberania nacional...

Por ordem imperial, na Colômbia se fumigam grandes extensões do território nacional, se fumigam as reservas naturais e até o território de países vizinhos, como o Equador.

Em 17 ocasiões Uribe viajou ao Império para correr atrás das migalhas, para essa máfia que governa o país sobreviver dela.

Agora se o chefe mafioso viajou 17 vezes pra lá, seu vice-presidente Francisco Santos viaja a Washington pelo menos duas vezes por mês e ainda que não tenham notado de alguma forma que o ministério de relações exteriores dessa oligarquia mudou sua sede para a capital imperial, de onde despacha a cidadã estadunidense Carolina Barco, verdadeira ministra de relações já que Fernando Araújo, por suas trapaças e aquela síndrome de Estocolmo, não é de confiaça para os yankees e não passa de um convidado por educação.

Em uma procissão humilhante os ministros viajam ao império para apresentar seus planos, os generais prestam contas ao congresso imperial, os empresários como Julio Mario Santodomingo, um dos que multiplicou suas fortunas, deixou a Colômbia e levou sua sede para Miami, de onde dirige o que chama “suas empresas”.

Seguindo os passos de seus chefes, os mafiosos, servis dos que enriquecem à custa do sangue do povo colombiano, vêm e vão aos Estados Unidos, Carlos Ledher e Carlos Castaño, vivem agora nos Estados Unidos, cobiçados pela justiça imperial.

Até hoje, nada chegou num nível tão baixo, ninguém nunca se degradou tanto, nem Somoza, nem Duvalier, nem Pinochet, se arrastaram tanto diante do império como o narcotraficante que trabalha como presidente dessa corrupta oligarquia.

A melhor demonstração da postração da oligarquia colombiana e de seu porta-estandarte Álvaro Uribe diante do império se viu quando o “César” George Bush esteve em Bogotá.

A ocasião pretendia mostrar-se como um acontecimento onde a importância de Uribe e sua máfia seria ressaltado pela visita do “bêbado”, mas o servilismo, o desprestígio dessa oligarquia e desse exército de ocupação chegou ao ponto dos militares dessa oligarquia, adestrados precisamente por eles, diante das câmeras de televisão foram trocados por homens de civil do Império, diante dos olhos impávidos de seu comandante em chefe, Álvaro Uribe Vélez, que tolerou tal ofensa, que foi ferrenhamente ocultada pelos meios de desinformação dessa corrupta oligarquia.

Mas parece que já não basta com tanto absurdo. O fato de Al Gore recusar a presença de Uribe e que em sua 17ª visita ao império os benefícios tenham sido apenas midiáticos mostram que já não basta com a postração nem a entrega da soberania nacional.

Uribe e a oligarquia colombiana em geral começam a pagar o custo de seu servilismo e de seu passado mafioso que hoje incomoda ao amo do norte.

Voltará aos Estados Unidos quantas vezes forem necessárias, disse o chefe fascista de volta da sua fracassada 17ª visita aos USA.

Alguns dias atrás Uribe levou a presidência para Cali, deveria transportar sua oficina a Miami, para no meio de urubus, defender os interesses dos mafiosos.

*Diretor da Rádio Café Stéreo
www.ajpl.nu
E-mail: info@ajpl.nu

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