O chefe da polícia secreta admite que sua família contratou paramilitares para ‘proteger’ suas terras.
[Por Argenpress]
Andrés Peñate, diretor da polícia secreta colombiana (DAS) admitiu hoje que um de seus familiares contratou serviços de segurança das ultradireitistas autodefesas unidas de colômbia (AUC) do norte do país. Ao mesmo tempo, desmentiu que os pagamentos ao grupo armado foram suspensos por sua chegada ao vice ministério de defesa, como assinalou um chefe dos paramilitares.
O chefe do departamento administrativo de segurança (das) admitiu hoje que um de seus tios pagou 8.000 dólares mensais aos paramilitares do departamento de Cesar (norte) para que protegessem as terras de sua propriedade, porém negou que Nelly Giraldo, mãe de Peñate, tivesse feito o mesmo, como assesgurou o ex-comandante Jorge 40.
Da mesma forma, o chefe da política secreta, que desempenhou como vice Ministro de defesa durante a primeira adminsitração do presidente Álvaro Uribe, desmentiu as afirmações do paramilitar que, segundo meios de comunicação, revelou vínculos entre as AUC e a família Peñate com o escritório do alto comissariado de paz. “não sei quem pode acreditar num terrorista e narcotraficante, como é esse senhor’, disse o chefe de inteligência segundo a emissora de rádio “LA W’.
O ultradireitista desmobilizado no marco do processo de paz com Uribe, confessou seus delitos de lesa humanidade junto aos demais ex chefes paramilitares, e revelou os nexos entre funcionários, políticos e militares, o qual provocou o escândalo da ‘parapolítica’ (política paramilitar).
Por este escândalo que também respinga em Uribe e sua família, encontram-se presos oito legisladores governistas, um está foragido e um alto número de servidores públicos assim como altos comandos militares estão sendo investigados.