"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Este país foi levado por ‘Pindanga’

Assim dizia o decano da rádio na Costa Atlântica, Marcos Pérez Caicedo. E os ‘pindanga’ eram – e são – os mesmos que intruduziram na Colômbia a orgia de sangue do Terrorismo do Estado, elaborado e desenhado pelos ‘ideólogos’ dos USAmérica, implementado pelos oligárquicos colombianos que fizeram de presidentes: ‘rolos’, ‘paisas’, ‘boayacunos’, ‘pereiranos’, etc (nenhum da Costa Atlântica, que coisa, não?)


'Pindangas'


[Por José María Carbonell, ANNCOL]


Segundo a história da rádio em Colômbia, assim dizia o decano da rádio na Costa Atlântica Marcos Pérez Caicedo, quando em seu trabalho jornalístico denunciava a corrupção da classe política. Que tanto em Barranquilla como em todo o país foi eterna.


Os planos imperiais foram implementados pelos presidentes oligárquicos, nenhum dos quais da Costa Atlântica.


E os ‘pindanga’ eram os mesmos que intruduziram na Colômbia a orgia de sangue do Terrorismo do Estado, elaborado e desenhado pelos ‘ideólogos’ dos USAmérica, implementado pelos oligárquicos colombianos que fizeram de presidentes: ‘rolos’, ‘paisas’, ‘boayacunos’, ‘pereiranos’, etc (nenhum da Costa Atlântica, que coisa, não?) – e vêem nos lutadores populares um ‘perigo’ para seus malogrados desejos de permanecer no poder a qualquer custo.


Não importa que o ‘custo’ seja o assassinato, o desaparecimento forçado, os massacres, e claro – não podia faltar porque é uma de suas formas de acumulação de ‘capital’ – o despejo forçado. Esse ‘custo’ foi sacrificar a vida de mais de 100.000 colombianos, desde 1964, quando adiantaram o Plano LASO (Latin American Security Operation) contra Marquetalia e os 48 camponeses que ali moravam, mas isso não é importante porque nenhum dos mortos é da oligarquia.


Para adiantar seus planos criminais deram ordens à cúpula das Forças Militares para ressucitar suas estruturas para-militares (os ‘pássaros’, a ‘chulavita’, os ‘Efraín González’, os ‘Cóndores’, etc.) e aproveitar as estruturas criminais do narcotráfico para seus fins malévolos. E os mafiosos se achavam ‘invencíveis’ porque estavam apoiados pelos altos oficiais militares e tinham a vÊnia dos grandes políticos de Bogotá.


Mas há um capítulo pouco explorado pelos meios em poder da oligarquia e é a participação direta de suas empresas e –lógico – seus empresários, porque que eu saiba as empresas não funcionam sozinhas, e já estão caindo à tona que os sindicalistas denunciaram há muitíssimos anos: os empresários pagavam – e pagam – aos grupos narco-paramilitares para que retirem deles os ‘obstáculos’ ou ‘problemas’ do caminho. E esses ‘problemas’ são precisamente os trabalhadores sindicalizados.


Vemos assim que o exercício violento do poder tem na Colômbia a dupla funcionalidade de eliminar os ‘competidores’ da oligarquia pelo poder e como forma de acumulação de capital.


Por ele, as historinhas de ‘digam toda a verdade’ e ‘eu não fui, eu não sabia com quem estava falando’, ou a de ‘eu expliquei ao país toda a verdade’, não me convencem porque como dizia Marcos Pérez Caicedo.” Não me faça rir porque tenho o lábio cortado. Mas apesar de tê-lo ‘cortado’ não posso evitar de rir quando vejo que o inquilino nefasto da Casa de Nariño, o narco-paramilitar em funções de presidente, dirige a orquestra de um novo grupo.


É o grupo dos ‘escapados’. Ao policial ‘Pinchao’ o presentearam com um uniforme novo e o fazem sentir-se um personagem das alturas – quando a realidade para eles não é mais que um ‘tombo’ que se deixou capturar pelas FARC – e o colocam a dizer uma série de sandices como um papagaio quando recita ‘Alva-raco quer biscoito’, ‘Alva-raco quer biscoito’. E sorriu para mim – apesar de meu lábio ‘cortado’ – quando escuto ao ‘Chambacú’ Araújo (Porque será que os Araújo são corrompidos? Questão de genética?) apontando sobre questões de política interna, sendo que sua área é de Relações Exteriores. Então, me pergunto: Será que o ministro de guerra J.M, perdeu o ‘afeto’ do ‘Patrão’ e não dão a ele a vitrine, como antes?


Porque a verdade é que pareceu que Alva-Raco Uribe Vélez agora se apóia para tudo em ‘Chambacú’ araújo e em um e outro ministro, mas não naqueles das áreas de Interior e Justiça, e o da Defesa. Porque será? Eu acredito que é porque Alva-raco Uribe, que pode ser mafioso, e “pa’completar a história”, como dizia Marcos Pérez Caicedo, é fascista, ou seja, matador, mas que não tem nada de tonto – por alguma coisa é mafioso – sabe muito bem que está rodeado de ‘inimigos’.


E isso de ‘estar rodeado’ é uma coisa bem traiçoeira. Mas essa é a constante na máfia. O ‘Don’ não pode confiar nem em seu mais próximos colaboradores porque no momento mais inesperado eles te dão uma patada, e by, by, “a um rei morto, rei posto”.


‘Mandinga’ é a solução
‘Mandinga’ fala de organização e luta de massas.


Mas assim como a oligarquia criou suas monstruosas criaturas de morte, os narco-paramilitares em conjunto com os militares – também fez nascer quando Marquelalia atacou seus coveiros.


O povo colombiano aprendeu bem rápido a lição e sabe que a única forma de defender a vida é organizando-se e como forma de exercer este legítimo direito, organizando suas próprias estruturas armadas. Nasceram então as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), as quais agressão atrás de agressão do estado contra o povo viram suas unidades crescerem, e lógico, desenvolverem-se.


Ser guerrilheiro é a única forma segura de fazer oposição em Colômbia. Parece um paradoxo que lutar com as armas na mão – fazer a guerra de guerrilhas – ato com o qual convertemos em possibilidade real a possibilidade ‘virtual’ da morte, seja uma forma de preservar a vida. Mas esses são os paradoxos, as ‘encruzilhadas’, chamam alguns investigadores, que resultaram da imputação criminal dos que detêm o poder em Colômbia.


Porque digam o que digam, a oligarquia – e o império – vão a seguir assassinando aos verdadeiros opositores do regime colombiano. Exterminaram a União Patriótica (U.P), assassinaram Jaime Pardo Leal e Bernardo Jaramillo Ossa, exterminaram os parlamentares classistas. Aos que não exterminam – mas que compram com 4.500 milhões de pesos – são aos ‘opositores’ de mentirinha. Aos que fazem ‘oposição’ para lavar a cara do regime de que ‘se há democracia’ no país, aos que fazem ‘pactos secretos’ – talvez mais criminosos que os Ralitos – ao passo que uma parte do ‘ponqué’ do estado, a esses não assassinam porque são inofensivos para o regime.


A realidade nos evidencia que ao único que teme ‘Pindanga’ é à ‘Mindanga’ e ‘Mindanga’ vem da selva, da montanha, fala de companheiro, camarada – palavra que quiseram fazer desaparecer dos dicionários – que diz que há necessidade de organização, que devem lutar, que apóia a greve nacional de hoje e te ensina como enfrentar os assassinos da ESMAD, que vai organizando os círculos clandestinos do Movimento Bolivariano e do PCCC (Partido Comunista Colombiano Clandestino).


Por ele, todos os dias, a toda a hora, os funcionários ‘papagaios’ do regime narco-paramilitar uribista estão despotricando contra as FARC, acusando-a de ser maléfica e de ser o mal-por-existir na Colômbia, tratando de desprestigiar a estes lutadores populares, filhos das próprias e íntimas entranhas do povo.


Porque eles, os oligarcas, sabem que quando ‘Mindanga’ chega, ‘Pindanga’ sai correndo com as calças encharcadas.



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