"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Após violenta repressão, agricultores celebram acordo social por Catacumbo

A Associação de Agricultores de Catatumbo (Ascamcat), região localizada no norte da Colômbia, difundiu uma convocatória para a celebração do Acordo Social por Catatumbo, em 2 de agosto em La Aduana (Tibú).

Com a facilitação de Todd Howland, representante do Alto Comissionado para os Direitos Humanos das Nações Unidas na Colômbia, o vice-presidente Angelino Garzón, o ex-presidente Ernesto Samper, o provincial dos Jesuítas Francisco de Roux, o senador Juan Fernando Cristo, a Comissão de Paz do Congresso da República representada pelo representante da Câmara Ivan Cepeda, e Omar Alberto Sanchez, bispo de Tibú, a entidade apresentará à sociedade colombiana e ao Presidente da República, sua mostra de vontade política para negociação e pedidos básicos a serem solucionados por parte do governo.

A Ascamcat relata que, após 50 dias de mobilização dos agricultores de Catatumbo, o país, por fim, "tem voltado seus olhos” para uma região durante décadas explorada e violentada de várias formas. Os agricultores têm recebido a solidariedade e o acompanhamento de setores sociais e populares em nível nacional e internacional, da comunidade internacional com presença na Colômbia, da academia, de artistas, políticos e estudantes.

Os moradores de Catatumbo, segundo informa a convocatória, têm organizado e construído uma proposta alternativa de vida e desenvolvimento para a região, enquadrada em uma zona de reserva agrícola. Eles defendem a zona de reserva agrícola como alternativa legítima de proteção alternativa da vida camponesa, porque o país precisa para sua soberania alimentar e para a conservação dos recursos estratégicos. "Na zona de reserva agrícola demarcamos nossa vontade e nossa proposta de substituição de cultivos de uso ilícitos, rejeitamos as políticas mineradoras e energética, de segurança, de direitos humanos, e, em geral, o modelo de desenvolvimento que nos foi imposto, e propomos um modelo baseado na sustentabilidade ", declara a convocatória.

Desde 11 de junho de 2013, as comunidades agrícolas organizadas em Catatumbose mobilizam nos municípios de Tibú e Ocaña. Cerca de 14 mil agricultores exigem o cumprimento dos acordos violados pelo Estado sobre a declaração de Zona Reserva agrícola como uma alternativa real para substituir o cultivo de coca, para a produção de alimentos e sustentabilidade, e também garantir a permanência no território das comunidades que vivem na região. Mais de 50 pessoas feridas, cerca de 20 presos e dois agricultores assassinados é o saldo dos protestos no Catatumbo.


Fonte: Adital