Líder das Farc-EP critica intimidação do governo colombiano
Em um comunicado divulgado pelo site das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (Farc-EP), o líder máximo, Timoléon Jimenéz, afirmou que “as ameaças de morte e as ordens de execução sem nenhuma classe não servem para intimidar”.
O texto chamado “Quando morremos descansamos, Santos”, é uma carta aberta ao presidente colombiano Juan Emanuel Santos, através da qual o Comandante Timoleón Jiménez comenta que as ameaças não colaboram para um ambiente de reconciliação necessário para a resolução pacífica do conflito armado do país.
Ele faz referência a uma declaração que o general Sergio Mantilla fez à imprensa, dizendo que a guerra está prestes a acabar ou “por bem, ou por mal”.
O líder das Farc comentou a dificuldade de chegar a rápidos acordos com o governo na mesa de diálogos pela paz – em Havana (Cuba). E criticou principalmente uma declaração do presidente Juan Manuel Santos na qual ele diz: “não estamos negociando nada que possa preocupar os colombianos em matéria econômica ou de aspectos fundamentais de nosso sistema de governo”.
Contrariando a afirmação de Santos, Jiménez afirmou que “os guerrilheiros colombianos não estão defendendo nenhum sistema de governo criminoso, nem estão empenhados em dar continuidade a uma política econômica que beneficie as transnacionais em detrimento do povo do nosso país”.
“Somos revolucionários, não nos move nenhum interesse pessoal, não recebemos nenhum salário pelo que fazemos”, contestou ele que disse, todavia, que não pretende fazer a revolução em uma mesa de negociação, mas sim “concertar um grande acordo que tire o país da opressão violenta parar sempre, com bases mínimas para a construção da justiça social”.
Com isso, o líder guerrilheiro rebateu o argumento de Santos que, segundo ele, “insiste apenas na rendição” e não se preocupa com a complexidade do momento histórico vivido pelo país.
“Entregamos nossas vidas para a mais bela causa do gênero humano: pôr fim à discriminação entre os homens, à exploração de uns pelos outros e às injustiças institucionalizadas”, ressaltou.
“A questão com as Farc é mais fácil que matar o desmobilizar a todos os guerrilheiros, mais simples que prender 13.700 compatriotas”.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina