Juan Manuel Santos confirmou campanha desestabilizadora de Uribe na região
A
ativista colombiana Piedad
Córdoba expressou
nesta terça-feira que as declarações oferecidas na véspera pelo
presidente de seu país, Juan
Manuel Santos, confirmam que são preocupantes as ações do
ex-presidente Álvaro Uribe e
obedecem a uma campanha desestabilizadora que a direita efetua contra
as nações progressistas da América
Latina.
As
ações de Uribe são “graves e preocupantes” e confirmam que
“tudo o que se veio denunciando desde há algum tempo são certas”,
disse Córdoba
numa entrevista com teleSUL.
Acrescentou
que as
afirmações do presidente Santos confirmam de que “se veio fazendo
uma espionagem”
e “dão conta de que há uma campanha desestabilizadora da região”.
Nesta
segunda-feira, o mandatário colombiano, Juan
Manuel Santos, afirmou à imprensa que, com suas declarações,
Álvaro Uribe “prejudica não a Juan Manuel Santos, [mas sim] ao
país”.
Diz que estamos entregando este país ao castrismo, ao chavismo, que
este país vai por mau caminho, que este processo de paz é um
fracasso.
Inclusive,
investidores
me chamaram para dizer-me: ‘Ouça, que coisa tão estranha, um
ex-presidente e um ex-vice-presidente falando mal de seu país e
afugentando o investimento’,
[eles estão] pedindo que nos baixem a qualificação e não se apóie
o processo de paz”.
“Foram
falar com a extrema-direita nos Estados
Unidos para dizer que o que o presidente Santos está fazendo é
entregar o país a Castro e ao chavismo,
[lhes dizem] ‘vocês não podem apoiar o processo de paz’, como
lhes parece? Têm toda uma mentira”, insistiu o mandatário sobre
as declarações
de Uribe.
Em
seguida, afirmou que seu governo tem sido melhor que o de Uribe. “Meu
governo tem se dedicado a melhorar uma situação que o país tinha
que melhorar, a situação de segurança.
Lhe agregamos dois objetivos: criar um país justo e construir um
país mais moderno”.
“É
claro o interesse e a avidez da direita colombiana,
articulada com a direita intercontinental para desestabilizar” e
avançar
contra um processo de paz que se adianta na Colômbia.
A
ativista pela paz e pelos Direitos Humanos na região relembrou
que o ex-presidente Uribe
tem conexões com meios de comunicação que tratam de invisibilizar
ou dar a conhecer seus ataques à paz
ou relações com a direita da região.
Quanto
ao processo de Diálogo de Paz em Havana [capital de Cuba], recordou
que isto é um legado do líder Hugo Chávez. “Estamos
convencidos do papel da região para apoiar as mesas de diálogo de
paz”, disse em relação às recentes declarações do presidente
uruguaio José
Mujica,
de pedir ao Mercado Comum do Sul [Mercosul]
que advogue pela paz no país sul-americano.