Avanço de negociações de paz na Colômbia gera esperança, diz OEA
Secretário-geral
José Miguel Insulza também elogiou cessar-fogo unilateral das
guerrilhas FARC e ELN durante período eleitoral
O secretário-geral da OEA
(Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, avaliou
neste sábado (17/05) as conquistas alcançadas nas conversas de paz
entre o governo da Colômbia e as FARC (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia), principalmente na luta contra o
tráfico.
Nesta semana, o governo da Colômbia e as guerrilha anunciaram um histórico acordo parcial, no qual as FARC se comprometem a romper "qualquer relação" com o tráfico, uma vez que haja o acordo de paz, enquanto o governo promete "intensificar" a luta contra a corrupção.
Nesta semana, o governo da Colômbia e as guerrilha anunciaram um histórico acordo parcial, no qual as FARC se comprometem a romper "qualquer relação" com o tráfico, uma vez que haja o acordo de paz, enquanto o governo promete "intensificar" a luta contra a corrupção.
Esta passagem "nos alegra e nos
faz abrigar esperanças sobre a possibilidade que a paz será
alcançada muito em breve nesse querido país", indicou Insulza
em comunicado.
Insulza parabenizou o presidente da
Colômbia, Juan Manuel Santos, "pela liderança no processo"
e disse esperar "resultados substantivos". "Espero que
o passo adiante da negociação, unido aos anteriores acordos sobre
terras e participação na política, seja um estímulo aos
negociadores para concluir em breve os temas pendentes e alcançar a
paz que os colombianos desejam há tanto tempo", acrescentou.
Ele também celebrou a decisão das
FARC e do ELN (Exército de Libertação Nacional) de implementar um
cessar-fogo unilateral entre 20 e 28 de maio por ocasião das
eleições presidenciais colombianas, ressaltando que, "se fosse
definitivo, seria uma grande notícia".
Já o candidato do uribista Centro
Democrático à presidência da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga,
criticou hoje que o governo de Juan Manuel Santos tenha assinado um
pré-acordo sobre política antidrogas com as FARC, já que, segundo
ele, a guerrilha "é o principal cartel de tráfico do mundo"
e não estaria disposto a perder essa condição.