"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Ministro denuncia articulação dos EUA com partidos de direita para derrubar governo


Haveria duas linhas de ação utilizada pelo Governo dos Estados Unidos em conjunto com a direita venezuelana para atacar o Estado da Venezuela: uma suposta violação dos direitos humanos por parte do governo bolivariano e a vinculação de altos funcionários estatais ao narcotráfico e ao terrorismo. Quem aponta é o ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez, em informe divulgado recentemente pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN).



Em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério, no centro de Caracas, Rodríguez afirmou que as frentes de ataque dos EUA teriam se estabelecido com a pretensão de impedir a propagação do pensamento bolivariano no continente americano. Assim como controlar a Faixa Petrolífera do Orinoco, extensa zona rica em petróleo pesado e extrapesado, localizada ao norte do rio de mesmo nome.


De acordo com a agência estatal, o governo estadunidense obteve informações através de líderes políticos de oposição, como Antonio Ledezma (atual prefeito de Caracas), Leopoldo López (uma das principais lideranças durante a onda de protestos deste ano nas ruas do país), María Corina Machado (deputada da Assembleia Nacional da Venezuela) e Diego Arria (diplomata e membro da Mesa da Unidade Democrática, coalizão de partidos políticos de oposição).


"Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela se violam permanentemente e constantemente os direitos humanos”, alegou Rodríguez. O ministro destacou também que não há provas sobre a suposta aproximação entre o Governo da Venezuela e grupos paramilitares, relação frequentemente apontada pela direita.


Informações manipuladas pelos EUA, segundo ele, estariam favorecendo ações internacionais contra a Venezuela e pretenderiam derrubar o presidente Nicolás Maduro do cargo, plano iniciado ainda em outubro de 2010, durante a "Festa Mexicana”, encontro celebrado entre opositores venezuelanos, quando ainda comandava o país o ex-presidente Hugo Chávez. Seguindo essa mesma linha de ação, o "Plano País” teria sido executado em 2012 com o objetivo de incitar protestos em presídios, greves de fome e conflitos para gerar um clima de ingovernabilidade.


Miguel Rodriguez denunciou ainda que o ex-governador e candidato presidencial Henrique Salas Römer é o financiador da organização Javu (Juventude Ativa Venezuela Unida), uma das que teriam, segundo ele, incitado a população a gerarem focos de violência no país. "Römer é quem financia, organiza, potencializa o movimento Javu. Esse cavalheiro tem vínculos neocoloniais com a família Mendonza”, disse o ministro, referindo-se ao conglomerado empresarial familiar venezuelano composto por mais de 40 empresas.


O plano, afirma o ministro, é percorrer o país captando pessoas nas comunidades e universidades, além de incentivar greves de fome nas penitenciárias. "Por sua vez, as ações desestabilizadoras da Javu apontavam para desenvolver uma situação similar aos países da África, Oriente Médio, Líbia, Egito e Iêmen, no intuito de criar condições propícias que pudessem materializar um estouro social”, indica Rodríguez.


Quanto aos 58 estrangeiros presos por participarem de protestos nos últimos meses em várias cidades venezuelanas, o ministro justificou que todas eles estariam envolvidos a ações terroristas comandadas por grupos de ultradireita e quase todos teriam feito uso de armas, com vistas a emplacar um golpe no país. Diante disso, aconselhou que a direita faça uma "ruptura clara e concisa” diante do país, sem métodos violentos. Segundo ele, o governo está prestes a "alcançar a paz, produzir, trabalhar e construir um país onde sejam incluídos todos os venezuelanos”, concluiu o ministro.