Governo e guerrilheiros concluem debate sobre combate ao tráfico de drogas
As Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia Exército do Povo (Farc-EP) e o governo colombiano
concluíram na noite da última sexta-feira, 16 de maio, em Havana,
Cuba, um acordo sobre o tráfico de drogas no país.
Segundo um comunicado das Farc, o
novo acordo, acerca do terceiro tema em discussão foi muito
complexo, já que há uma série de fatores a serem considerados para
que o combate às drogas tenha êxito, como a influência de países
poderosos além da fronteira; a lavagem de dinheiro proveniente do
tráfico de drogas por parte dos bancos dos EUA e Europa; e a suposta
cumplicidade das autoridades colombianas para com banqueiros
corruptos, que lucram com o tráfico de drogas; entre outros.
Durante a reunião realizada em Cuba,
surgiram alguns pontos a serem analisados novamente antes de um
acordo final, como a nova política criminal, que diz que o Estado
deve concentrar suas forças na perseguição e prisão dos
principais beneficiários do tráfico de drogas, além da criação
de uma comissão para desenhar uma política nacional antidrogas
democrática e participativa, com grupos acadêmicos e especialistas
no assunto; outro ponto a ser revisto é o fim das pulverizações
aéreas que destruíam não só as plantações de drogas, mas também
as plantações de agricultores.
Além desses pontos, o comunicado das
Farc informa que, para evitar problemas durante as eleições
presidenciais no país, que serão realizadas no próximo dia 25 de
maio, o grupo anunciou um cessar fogo unilateral, que pode ser
interrompido caso o grupo tenha que se defender de ataques.
Esse foi o terceiro ponto, dos seis
previstos nas negociações de paz que começaram no ano de 2012 em
Cuba. Para o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, o acordo é
um passo "extremamente importante e definitivo” rumo à paz no
país.
Veja o comunicado na íntegra: