1999: FARC publicou nomes de narco-paramilitares

Com nomes e sobrenomes e as respectivas graduações militares; são acusados dez generais, cinco congressistas, o chefe de segurança do presidente Andrés Pastrana e vários proprietários de terra por apoiar os “esquadrões da morte”; segundo lista divulgada pelo meior grupo rebelde do país; as FARC-EP, em 1999.

Os “sócios” da oligarquia

[ANNCOL/Rebelión]
(http://www.rebelion.org/internacional2/colomlista.htm)

7 de fevereiro de 1999

Com nomes e sobrenomes e as respectivas graduações militares; são acusados dez generais, cinco congressistas, o chefe de segurança do presidente Andrés Pastrana e vários proprietários de terra por apoiar os “esquadrões da morte”; segundo lista divulgada pelo meior grupo rebelde do país; as FARC-EP.

Até hoje, o mencionado documento não havia chegado ao grande público. Mas a ANNCOL e Rebelión levam ao conhecimento de seus leitores.

O documento, de 21 páginas, faz uma análise sobre as ligações militares-paras e termina mencionando os responsáveis diretos da guerra suja executada pelos grupos de extermínio. Mas não somente os mencionam; também dão as freqüências utilizadas nas comunicações entre os batalhões do Exército e os grupos paramilitares.

Com o anexo das seguintes listas chegadas até o momento de alguns Blocos, mostrando os nexos militares-paramilitares, fica ratificada mais uma vez, que o Paramilitarismo é uma política contra-insurgente de Estado. Depois anexaremos outras listas.

PARAMILITARES EM URABÁ ANTIOQUIA E REGIÃO DO CARIBE

Generais:

• Ivan Ramírez Quintero, Víctor Julio Álvarez, Comandantes da Primeira Divisão.
• Rito Alejo del Río e Martín Orlando Carreño Sandoval, Comandantes da XVII Brigada.
• Julio Charry Solano e Javier Hernán Arias Vivas, Comandantes da XI Brigada.
• Alfonso Arteaga Arteaga e Rafael Ruiz, Comandante da Segunda Brigada.
• Carlos Alberto Ospina Ovalle e Eduardo Herrera Verbel, Comandantes da Quarta Brigada.

Missões:

• Desenvolvimento de paramilitarismo como estratégia contra-insurgente.
• Participação de unidades a seu mando em massacres executados por paramilitares e em coordenação com eles.
• Proteção a Carlos Castaño Gil. Apoio aéreo com helicópteros lascados. Utilização conjunta de transmissores de comunicação entre Exército, Paramilitares e Polícia.

Carlos Castaño, alias Alex e irmãos. Ivan Duque Escobar, assessor político. Guillermo Angel, proprietário da empresa Atlas (bloco com a torre do Olaya os despejos de Castaño e os vôos de suas aeronaves). A Chaves, secretaria pessoal de Castaño. Alias Miguelito, radialista de Castaño.

Os irmãos Salvador e Manuel Mancuso, proprietários em Montería (Córdoba) da distribuidora de carros “Hermanos Mancuso”.

PARAMILITARISMO EM CÓRDOBA.

A) Chefes Paramilitares: Jhon, alias “H2”, Comandante da Base de El Diamante e cunhado de Castaño. Pedro Bula, Antonio Mercado, alias Franco; Arturo González, alias Guateque; O Pollo Lizcano de La Rica, Jurisdição de Puerto Libertador. Hernán Ogaza, alias El Guacho, coordenador dos massacres de Terra Alta e Valencia (coordena com o Exército e a Polícia os despejos dos Paras). Jhon Fredy Durango. Os alias, El Lobo, Cobra, Eduardo, Guatinajo, Antonio, Wilfer e Macgiver. Alias “00” Tenente retirado do Exército, ligação do Exército e os Paras em Terra Alta e Urabá.

B) Militares que participaram em operações paramilitares em Córdoba e Urabá: Capitão Patrón Pacherna Alvaro, do Batalhão Junín; Tentente Monsalve, alias “J2”, Segundo Sargento Martinez Vergara Luis, chefe de operações do Junín e dos Paras; Segundo Sargento, Medina Nestra; Tenente Esquerdo; Tenente Rodríguez, Cabo Primeiro, Suarez; Cabo Primeiro, Ávila. Em geral as unidades dos Batalhões Cacique Coyará e número 33 Junín da XI Brigada.

C) Oficiais do Exército que se reuniram com Castaño em El Diamante: o novo Comandante da IV Brigada, General Eduardo Herrera Bervel; Coronel Armando José Rengifo, Comandante do Batalhão Junín; Tenente Coronel Germán Morantes Hernández, Comandante do Batal~ho Girardot; Major Yesid.

D) Bases Paramilitares:

• Fazenda La 35, a meia-hora de Las Tangas, município de Valencia. FazendaEl Perro (O cachorro), descendo o rio San Jorge, município de Miontelibano. A sétima Fazenda Jaraguey, onde funcionam oficinas e escritórios.
• Fazenda a 24, abaixo da “La 35”. Fazenda Cedronal, onde funciona a emissora dos Paras denominada “Colômbia Libre”, a meia-hora de Terra Alta, perto do Troncal. Fazenda La Macarena dos Mancuso, no município de Terra Alta. Fazenda Los Volvanes, perto de La Cinaga Betancí, onde realizam treinamentos.
• Fazenda La Capilla, abaixo de Bonaboro, dos Mancuso.
• Fazenda El Policía, propriedade de “H2”, cunhado de Castaño. Fazenda Mundo Nuevo, de Carmelo Cogoyo, base e centro de treinamento.

E) Freqüências de dois metros para operações Paramilitares e coordenação com o exército:

• Canal 14, Freqüências: 3030, 9125. Correspondem ao transmissor de Palmira, propriedade de Jaime Rueda, que é utilizada pela Polícia, O Exército e Os Paras.
• Canal 14, Frequências: 3700, 3930, 4160, 3970, 3740, 5215, 8610, 4870, 5870, 8780, 7560.
• Canal 15, Frequências: 1020, 7300, 3400.
• Canal 16, Frequências: 1625, 9975, 2420, 7540, 8890, 7275.

F) Financiadores:

• Carmelo Cogoyo Filho, Eduardo Cogoyo, Ruben Oyando, (Fazenda Caritó, de Terra Alta);
• Os Negretes, Os Anaya, irmãos Petro, pecuaristas de Lorica;
• Otto Garcia, Javier García, Os Buelvas de Montería;
• Jorge Gamez de Montería (proprietário da Licoreca de Córdoba);
• Abrahan Gamez;
• Guillermo Cifuentes de Caucásia;
• Marco Alberto Peláez (lhes vende o gado roubado);
• Hurán Garcia de Tierra Alta;
• Arturo Berrío de Planeta Rica;
• Pedro Montoya, Javier Luna, Israel Rojas, Juan Henao, N. Tapias da propriedade Villa Nueva, perto de Cedronal;
• Jorge Arévalo, Dairo Feria, de Medellín;
• El Cachaço, de Arenas Monas;
• Dom Humberto de San Pedro de Urabá.

NOTA: O Prefeito de Terra-Alta Héctor Acosta Pacheco, é Paramilitar.

Seus dois seguranças são paramilitares e se reúnem frequentemente com Castaño.

4. REGIÃO DE URABÁ:

A) Chefes Paramilitares:

• Miguel Alían, Omar Hoyos, os irmãos Carlos, Arturo, Aicardo e Manuel Ardila (os quais também se identificam com o sobrenome Correa) em Necoclí e Turbo. Osvaldo Reyes e Abel Méndez em La Tachuela, El Tres e Monte Verde (Turbo). O Mono Velosa (Turbo e Urrao).
• Alvaro y Oliverio Álvarez em El Dos, Turbo. Jhon Serna (tem residência no bairro Moravia de Medellín). Alfredo e Enrique Yépes Ramírez e Valentín N. em Currulao. Albeiro Cartagena em Chigorodó. Arnulfo David, alias Veterina, Efrén Zapata e Jesús Duval em Piedras Blanca, Carepa e Saiza. Teodoro Díaz, chefe dos Comandos Populares anexados às "ACCU" e atual prefeito de Apartadó. Alias Marcos, Libardo López, alias El Burro e Jair Muñoz, alias cascale, em Mutatá. Jairo e Reynaldo Vanegas, Nicolas Elías Henao, alias Colacho; Wilmar David, alias, Escaleras; Octavio Cartagena, Orlando González, Wildiman Echeverry, Guillermo Carvajal e Gilberto Sierra, em Dabeiba. Os alias Sarley, Giovany, Ricardo, Camilo, La Guagua, Gonzálo, desmobilizados do EPL. Juan Quinco e irmãos, e Pacho Honda no Río Sujo (Chocó). Alias o Obejo e alias o Chombo em Bellavista (Chocó). Guillermo e Conrado Builes.
• Pecuaristas e narcotraficantes de Acandí, residenciados no Povoado de Medellín. Horacio Cifuentes de Unguía (Choco). Lalo Domico, pai e filho de Enrique Domico e alberio Cômico, Indígenas Paramilitares de Mutatá.

B) Militares desmascarados:

• Todos os comandantes da XVII Brigada a partir do General Hermófilo Rodríguez. Os Comandantes dos Batalhões Voltíjeros, Batalhão 35, Arhuacos, Cacique Coyará e Francisco Paula Vélez, os quais atuam coordenadamente, com os Paramilitares. Os Comandantes dos Postos de Policía de Dabeiba, Mutatá, Río Sujo, Bellavista, Unguía; Acandí, Chigorodó, Carepa, Turbo, Necoclí e San Pedro. O Exército compartilha com os Paras os transmissores de comunicações das serras, El Cuchillo e Azul. O 17 de novembro de 1998 a XVII Brigada apoiou com um helicóptero Blackhawk lascado, aos Paramilitares de La Secreta, quando eram atacados pela guerrilla. Tal Helicóptero despejou repetidamente desde a Base Militar de Mutatá.

C) Financiadores e promotores:

• as direções de AUGURA E UNIBAN a partir de 1986. Manuel Arias Carrisoza, Ex-Ministro de Estado. Jorge Enrique Gallo, político. Os irmãos Guillermo, Conrado, Amado e Rafael Builes, pecuaristas e narcotraficantes, sócios de Castaño. Arturo Rivera, Joaquín Usuga e Tocayo Higuita, comerciantes de Dabeiba. Rogelio, William e Leonardo lópez, Miguel e Alonso Lemos, Amanda Marín e Chucho Mocho em Río Sujo (Chocó). Antonio Herrera dono do Hotel Alcázar, de Capurganá e lavador de dólares.
• Jaíme Vásquez, Albeiro López e Lao Restrepo, pecuaristas de Acandí. Angel Vidal (Provedora los Chilapos), Carlos Correa, Joaquín Jaramillo, Guillermo Velásquez, Gustavo Aguirre, Oscar Botero e Arnobis, alias Parapeto, em Unguía (Chocó). Ulises Hernández e Pedro Ruiz em Gilgal (Chocó).

D) Bases paramilitares:

• Santa Catalina
• El Tomate
• Pabarandocito
• Nuevo Oriente
• propriedade Los Alpes de Jairo Vanegas em Urama

E) Frequências de dois metros para operacões paramilitares em coordenação com o Exército:

• Canal 14. Frequências: 1275, 0300, 0000.
• Canal 15. Frequências:6050, 7600, 7325, 6595, 6025.
• Canal 17. Frequências: 1645, 3255.
• Canal 13. Frequências: 9115.

5. ANTIOQUIA

A) Chefes Paramilitares:

• Ramón Isaza, base de operações em Doradal e Puerto Nare. Gustavo Upegui em Medellín e San Jerónimo.
• Guillermo Angel, aeroporto, Olaya Herrera. Gerardo Arboleda e Santiago Gallón em Caracolí, base na propriedade Las Águilas. Luis Villegas em San José del Nuz. J. Franco e irmão Barrera em Santo Domingo. Hugo Quintero, dono de Bellanita de Transportes (opera entre Bello e Barbosa). Conrado Pérez em Frontino, Base de Asido. Darío Gómez, alias Mocho, Andrés García, Nebardo Restrepo, Judit Herrera e alias o Guasa em Nutibara.
• Capitán Espinosa da Base de Urrao, quem coordnou com o Batalhão Granaderos o massacre de La Encarnación.

B) Financiadores:

• Carlos Murillo em Caracolí
• Ernesto Puerta
• Darío Montoya
• Mario Elejalde (deputado)
• Juan José
• Darío e Enrique Moreno
• Jesús Vargas
• Darío Montoya
• Ernesto e Fernando Vélez White em Frontino
• Luis Samuel Martínez
• Ramiro Tuberquia
• Manuel Goez em Santa Fe de Antioquia.

6. REGIÃO CARIBE:

A) Chefes Paramilitares:

• Hernan Giraldo, Chefe Paramilitar e Narco, vive em Guachaca, corregimiento de Santa Marta, protegido pela Primeira Divisão. "Los Chamizos", Paramilitares de Santa Marta dirigidos pelos comerciantes Camilo Vesga Rodríguez e Toño Vesga. Atendem orientações de Edgardo Vives Campo, ex-prefeito de Santa Marta. Darío Saravia Gómez, ex-representante na Câmara por Los Chamizos. Alfonso Masías de ASOGANORTE, residenciado em Barranquilla. Alfonso Merino, zona bananeira de Santa Marta, vive em Barranquilla. Chepe Barrera pai e filho, em El Difícil, Magdalena. Emilse López, alias La Gata e Ricardo Botero Maya em Magangué. Alberto Restrepo, alias El Culón, autor de múltiplos massacres entre Fundación, El Copey, Valledupar e Serranía del Perijá. Luis Enrique Ramírez, alias Miky, em Zambrano, Bolívar.
• A família Sánchez em Córdoba, Bolivar. Luis Angel González e Juvenal Paz González em La Guajira e Cesar. Carlos Arturo Marulanda ex ministro de Estado.

B) Financiadores e organizadores:

• La Asociación de Ganaderos ASOGANORTE. Alejandro González Zambrano, Jáime González, Tomás Visbal, Saúl Cala, Darío Laino, pecuaristas; Emérito Rueda, narcotraficante; Benjamín Moreno Vega, fiscal 26 de Fundación. Darío Pavón ex-prefeito de Fundación; Miguel e Hernando Pinedo Vidal, congressistas; Luis Vives Lacoutir, José Domingo Dávila Armenta, Salomón Chávez Abdalá, alias El Mamut; Fernando Peralta Carrillo, José Gamarra, deputado e fazendeiro (de Pivijay); Trino Luna Correa, pecuarista do Banco Magdalena; Jorge Noguera Dinapoli, Jáime Gutiérrez Lacoutir, fazendeiros; Victor Dangón Noguera, ex-prefeito de Ciénaga, Jáime Martínez, pecuarista-bananero; e a multinacional Chiquita Dole.

7. EM EL CESAR

Pepe, Paulino y Celso Castro Monsalvo, Lucas Gnecco Cerchar, Jesús Aldo Gnecco, alias El Mocho, Hurgues Rodríguez, narcotraficantes; as familias Mattos Millán e Mattos Barrera, Hernando Molina Araújo (filho de La Cacica), Rafael Morales, Lucas Daza e Julio Martínez.

Batalhões da Segunda Brigada que tem participado em matanças paramilitares:

• Héroes de Corea
• Guajiros
• La Popa
• Córdoba
• Nariño
• Batalhões de Infantaria de Marina em Bolívar e Sucre.

Ex-governadores promotores de paramilitares encubertos em associacões CONVIVIR:

• Mauricio Pimiento do Cesar
• Jorge Luis Caballero Caballero de Magdalena
• governador de Buelvas de Córdoba.

8. MAGDALENA MEDIO

A) No ocidente de Boyacá: Pablo Elías Delgadillo, Luis Romero, Pedro Molina e Horacio Choana.

B) Em Yarima: Jáime Granda.

C) Em Puerto Parra: o prefeito Gerardo Ferreira e Sigifredo Cárdenas.

D) Em Puerto Berrío: Franco Félix Gaitán Cendales, Oscar Restrepo, Jorge Agudelo, Oscar Molina, Jesús Foronda Remigio, Hector Quirobin, O General retirado Mallarino, dono da Fazenda El Brillante, Carlos Crisón, administrador da Fazenda El Brillante e de nacionalidade equatoriana, Argemiro Tamayo, Jesús Acallano, Enrique Orozco, Henry Chenique, Jorge Castrillón, Evelio Tamayo.

E) Em Borbur: Orlando e Raúl López.

F) Em Maripien (Boyacá): Dios de González.

G) Em Bucaramanga: Vicente Zabala.

H) No sul de Bolívar: Jesús Valenzuela e Manuel Enrique Barreto.

I) Em Puerto Parra: Arturo Gaona, Nelson e Evangelista Martínez, na vereda El Cruce; El Negro, chefe de paras em Las Montoyas, vive na frente da estação de trem; Luis Carlos Palomo, inspetor de Las Montoyas; Diómedes Cárdenas de uma CONVIVIR; José Vicente Zuluaga, dono da propriedade La Cabaña, tem laboratorio na propriedade de Joaquin Hernández Galo Pinto, em Patio Bonito; Yoryi Pérez, político de Tiberio Villareal, vive em Bucaramanga e é de Campo Capote; José Donato, vive em El Cruce; Raúl Avila, conselheiro, vive em Campo capote; Rodrigo Pamplona, matarife, vive em Puerto Parra; Pablo Romero.

Nota: Em Bucaramanga quando começa a feira agropecuária o exército instala seus equipamentos. Na entrada da feira está um grupo de paramilitares, que são os que determinam o acesso à feira.

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